Ponta d'Areia (Niterói)
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Ponta D'Areia é um bairro muito tranqüilo de Niterói, composto na maioria de casas residenciais (exceto o condomínio Mirante do Rio, com 4 prédios cada um com 15 andares e cada andar com 8 apartamentos, que tem piscinas, sauna e play ground).
O bairro tem boa proximidade do centro de Niterói, porém sem tumulto e trânsito. Possui uma favela muito antiga, mas que não compromete a segurança (há muito tempo não se ouve falar em assalto ou homicídio no bairro).
Passou a ser mais freqüentado com os estaleiros e a conseqüente movimentação de trabalhadores entre as 7 e as 18 horas.
História
Localizado na Península da Armação, a Ponta D’Areia, por sua posição geográfica, encontra-se diretamente relacionada às águas da Baía de Guanabara, tendo com o continente apenas as áreas limítrofes com os bairros do Centro e de Santana.
O nome Armação está relacionado à pesca ("armar" os barcos) e ao esquartejamento de baleias, já que a península foi importante porto baleeiro. A vocação industrial veio depois, e com as oficinas de material bélico da Marinha e estaleiros.
Após as obras de urbanização da Vila Real, ordenaram-se os acessos à Armação e Ponta D’Areia, agilizando a ligação com o Centro da cidade.
No século passado, em estaleiro que ali funcionava, construíram-se barcos à vapor, caldeiras e peças fundidas em ferro. Posteriormente, na época de Irineu Evangelista de Sousa, Barão e Visconde de Mauá, a indústria diversificou-se e passou a produzir vários equipamentos, porem com a mudança da política econômica que facilitou a entrada de produtos estrangeiros, veio a falência. Mauá, precursor da industrialização brasileira, é homenageado com nome de rua e do estaleiro sediado na Ponta D’Areia.
Outra empresa que marcou época na economia fluminense, estabelecida também na Ponta D’Areia, foi a Companhia de Comércio e Navegação, de Pereira Carneiro e Cia. Ltda. Possuidora de importante frota de cabotagem e de grandes armazéns gerais, também negociava com sal. Foi desta companhia o dique Lahmeyer, o mais sólido do mundo por ter sido cavado em rocha e que durante muito tempo foi o maior da América do Sul. O dique era usado para manutenção da frota própria e também atendia a outras empresas. O Conde Pereira Carneiro, principal acionista da Companhia de Comércio e Navegação, também construiu a vila que leva o seu nome, existente até hoje. A vila operária foi criada com fins sociais - casas higiênicas(*1) com aluguel módico, escola e até uma capela - para os empregados da empresa. Atualmente a "vila" está incorporada ao patrimônio arquitetônico da cidade.
Em 1893 a Ponta da Armação entrou definitivamente para a história nacional quando tropas amotinadas contra o governo do Presidente Floriano Peixoto, comandadas por Custódio de Melo, apoderam-se de toda munição existente no então Laboratório Pirotécnico da Marinha — que lá funcionava. Apesar do revés inicial, tropas fiéis ao Presidente resistiram em vários pontos da cidade até a vitória. Niterói passou a ser denominada "Cidade Invicta" por alguns historiadores.
(*1) Casas com instalações sanitárias
Características
A população da Ponta D’Areia, na sua maioria, tem origem operária, tradicionalmente ligada às indústrias locais e de ilhas próximas, vinculada à construção naval já que o bairro é pioneiro, no Brasil, neste ramo de atividade. Constituída de migrantes, em boa parte oriundos de Portugal, o bairro também conhecido como "Portugal Pequeno".
Sobre a indústria naval é importante ressaltar que Niterói já teve neste ramo industrial sua máxima expressão, apesar da decadência no Século XX e o resurgimento deste setor no início do Século XXI.
As residências da Ponta D’Areia apresentam padrão construtivo predominante do tipo médio degradado, com espacialização horizontal. Especialmente na Vila Pereira Carneiro, outrora núcleo residencial dos operários navais e que hoje abriga uma população de classe média, nota-se a presença de casas de padrão mais elevado. Há de se assinalar um núcleo de população de baixa renda no chamado Morro da Penha.
O comércio de primeira necessidade localiza-se na entrada da Vila Pereira Carneiro (açougue, supermercado, padaria, etc) e o especializado em produtos náuticos e oficinas afins, nas ruas que margeiam a Baía de Guanabara - especialmente a Miguel Lemos e a Barão de Mauá. Merece registro especial o Mercado São Pedro,especializado na comercialização de peixes e crustáceos — de grande dimensão e que atrai clientes até de municípios vizinhos.
A presença de estaleiros é uma constante ainda hoje na Ponte D’Areia. Encontram-se em atividade lá os estaleiros Mauá, Mac-Laren e Cruzeiro do Sul, este pertencente ao Governo do Estado - responsável pela manutenção das barcas da Conerj, que interligam Niterói ao Rio de Janeiro e vice-versa.
No campo educacional, no setor público, há uma escola de primeiro grau e uma pré-escola gerenciadas pelo Município. As principais vias do bairro encontram-se em situação satisfatória e nelas trafegam uma linha regular de ônibus.
Na Ponta da Armação, além de um conjunto residencial da Marinha, encontram-se situadas as instalações da Diretoria de Hidrografia e Navegação (D.H.N.), órgão responsável pela elaboração de cartas náuticas.
Por se tratar de um bairro de ocupação antiga, já cristalizada, com uma topografia de morros e declives, as perspectivas de expansão são limitadas.
Obtido em "pt.wikipedia.org/wiki/Ponta_d%27Areia"
Veja Também em: www.cdp-fan.niteroi.rj.gov.br/bairros/ponta_d.htm
O bairro tem boa proximidade do centro de Niterói, porém sem tumulto e trânsito. Possui uma favela muito antiga, mas que não compromete a segurança (há muito tempo não se ouve falar em assalto ou homicídio no bairro).
Passou a ser mais freqüentado com os estaleiros e a conseqüente movimentação de trabalhadores entre as 7 e as 18 horas.
História
Localizado na Península da Armação, a Ponta D’Areia, por sua posição geográfica, encontra-se diretamente relacionada às águas da Baía de Guanabara, tendo com o continente apenas as áreas limítrofes com os bairros do Centro e de Santana.
O nome Armação está relacionado à pesca ("armar" os barcos) e ao esquartejamento de baleias, já que a península foi importante porto baleeiro. A vocação industrial veio depois, e com as oficinas de material bélico da Marinha e estaleiros.
Após as obras de urbanização da Vila Real, ordenaram-se os acessos à Armação e Ponta D’Areia, agilizando a ligação com o Centro da cidade.
No século passado, em estaleiro que ali funcionava, construíram-se barcos à vapor, caldeiras e peças fundidas em ferro. Posteriormente, na época de Irineu Evangelista de Sousa, Barão e Visconde de Mauá, a indústria diversificou-se e passou a produzir vários equipamentos, porem com a mudança da política econômica que facilitou a entrada de produtos estrangeiros, veio a falência. Mauá, precursor da industrialização brasileira, é homenageado com nome de rua e do estaleiro sediado na Ponta D’Areia.
Outra empresa que marcou época na economia fluminense, estabelecida também na Ponta D’Areia, foi a Companhia de Comércio e Navegação, de Pereira Carneiro e Cia. Ltda. Possuidora de importante frota de cabotagem e de grandes armazéns gerais, também negociava com sal. Foi desta companhia o dique Lahmeyer, o mais sólido do mundo por ter sido cavado em rocha e que durante muito tempo foi o maior da América do Sul. O dique era usado para manutenção da frota própria e também atendia a outras empresas. O Conde Pereira Carneiro, principal acionista da Companhia de Comércio e Navegação, também construiu a vila que leva o seu nome, existente até hoje. A vila operária foi criada com fins sociais - casas higiênicas(*1) com aluguel módico, escola e até uma capela - para os empregados da empresa. Atualmente a "vila" está incorporada ao patrimônio arquitetônico da cidade.
Em 1893 a Ponta da Armação entrou definitivamente para a história nacional quando tropas amotinadas contra o governo do Presidente Floriano Peixoto, comandadas por Custódio de Melo, apoderam-se de toda munição existente no então Laboratório Pirotécnico da Marinha — que lá funcionava. Apesar do revés inicial, tropas fiéis ao Presidente resistiram em vários pontos da cidade até a vitória. Niterói passou a ser denominada "Cidade Invicta" por alguns historiadores.
(*1) Casas com instalações sanitárias
Características
A população da Ponta D’Areia, na sua maioria, tem origem operária, tradicionalmente ligada às indústrias locais e de ilhas próximas, vinculada à construção naval já que o bairro é pioneiro, no Brasil, neste ramo de atividade. Constituída de migrantes, em boa parte oriundos de Portugal, o bairro também conhecido como "Portugal Pequeno".
Sobre a indústria naval é importante ressaltar que Niterói já teve neste ramo industrial sua máxima expressão, apesar da decadência no Século XX e o resurgimento deste setor no início do Século XXI.
As residências da Ponta D’Areia apresentam padrão construtivo predominante do tipo médio degradado, com espacialização horizontal. Especialmente na Vila Pereira Carneiro, outrora núcleo residencial dos operários navais e que hoje abriga uma população de classe média, nota-se a presença de casas de padrão mais elevado. Há de se assinalar um núcleo de população de baixa renda no chamado Morro da Penha.
O comércio de primeira necessidade localiza-se na entrada da Vila Pereira Carneiro (açougue, supermercado, padaria, etc) e o especializado em produtos náuticos e oficinas afins, nas ruas que margeiam a Baía de Guanabara - especialmente a Miguel Lemos e a Barão de Mauá. Merece registro especial o Mercado São Pedro,especializado na comercialização de peixes e crustáceos — de grande dimensão e que atrai clientes até de municípios vizinhos.
A presença de estaleiros é uma constante ainda hoje na Ponte D’Areia. Encontram-se em atividade lá os estaleiros Mauá, Mac-Laren e Cruzeiro do Sul, este pertencente ao Governo do Estado - responsável pela manutenção das barcas da Conerj, que interligam Niterói ao Rio de Janeiro e vice-versa.
No campo educacional, no setor público, há uma escola de primeiro grau e uma pré-escola gerenciadas pelo Município. As principais vias do bairro encontram-se em situação satisfatória e nelas trafegam uma linha regular de ônibus.
Na Ponta da Armação, além de um conjunto residencial da Marinha, encontram-se situadas as instalações da Diretoria de Hidrografia e Navegação (D.H.N.), órgão responsável pela elaboração de cartas náuticas.
Por se tratar de um bairro de ocupação antiga, já cristalizada, com uma topografia de morros e declives, as perspectivas de expansão são limitadas.
Obtido em "pt.wikipedia.org/wiki/Ponta_d%27Areia"
Veja Também em: www.cdp-fan.niteroi.rj.gov.br/bairros/ponta_d.htm
Artigo da Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponta_d'Areia
Cidades vizinhas:
Coordenadas: 22°52'54"S 43°7'28"W
- Salgueiro 14 km
- Santa Isabel 17 km
- Galeão 18 km
- Jardim Bom Retiro 20 km
- Cantinho da Vovó 24 km
- Piedade 25 km
- Barão de Iriri 25 km
- Vila Gabriela 25 km
- Parque Iriri 29 km
- Parque Estrela 29 km
- Morro da Penha 0.2 km
- Morro da Armação 0.4 km
- Estaleiro Mauá 0.6 km
- Porto de Niterói 0.7 km
- Diretoria de Hidrogafia e Navegação (Marinha) 0.8 km
- Caminho Niemeyer 0.9 km
- Ilha da Conceição 1.3 km
- Zona Norte 3.5 km
- Baía de Guanabara 7.9 km
- Zona Norte 14 km