Nova Friburgo

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Nova Friburgo é um município, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.

Localizada no centro-norte do estado do Rio de Janeiro-, na região serrana, a uma latitude 22º16'55" sul e a uma longitude 42º31'52" oeste, fica a uma altitude de 846 metros e dista 136 km do município do Rio de Janeiro. Possui uma área de 935,81 km². Compreende os distritos de Riograndina, Campo do Coelho, Amparo, Conselheiro Paulino, Lumiar, São Pedro da Serra e Muri.

HISTÓRIA

Até 1755, a região da atual Nova Friburgo era habitada por índios goitacases e puris e portugueses. Em 16 de maio de 1818, o Rei Dom João VI, sentindo a necessidade de estreitar os laços de amizades com os povos germânicos a fim de obter apoio contra o Império Francês, propôs uma colonização planejada, a fim de promover e dilatar a civilização do Reino do Brasil. Baixou, então, um decreto que autorizou o agente do Cantão de Fribourg, na Suíça, Sebastien Nicolas Gachet, a estabelecer uma colônia de cem famílias suíças na Fazenda do Morro Queimado, no Distrito de Cantagalo, localidade de clima e características naturais semelhantes às de seu país de origem. Os imigrantes chegaram à Fazenda do Morro Queimado pelas encostas do Pico da Caledônia. Entre 1819 e 1820, a região foi colonizada por 265 famílias suíças, totalizando 1 458 imigrantes. Foi batizada pelos suíços com o nome de Nova Friburgo, em homenagem à cidade de onde partiu a maioria das famílias, Fribourg ("Friburgo" em português, "Fribourg" em francês, "Freiburg" em alemão, idioma em que foi criado o nome da cidade a partir das palavras "frei" - livre e " burg" - castelo/forte), no Cantão de Fribourg. Foi, também, o primeiro município no Brasil colonizado por alemães, tendo estes imigrantes, ao todo 456, chegado à cidade em 3 de maio de 1824 três meses antes que imigrantes alemães chegassem à cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Nova Friburgo foi a primeira colônia não lusitana a ser fundada no Brasil em caráter oficial.
Entre 1819 e 1820, chegavam a Nova Friburgo 261 famílias de colonos suíços, 161 a mais do que havia sido combinado nos contratos, formando-se assim o núcleo inicial da povoação. Sabendo o quão promissora era a cooperação desses estrangeiros para com a nova pátria, o Governo Real subscreveu, a 3 de janeiro de 1820, um alvará elevando Nova Friburgo à categoria de vila, desmembrando, para isso, suas terras das de Cantagalo. A instalação da vila deu-se a 17 de abril desse mesmo ano.

Após a proclamação da Independência do Brasil (1822), o Governo Imperial enviou o major George Antônio Scheffer à Alemanha a fim de ali contratar a vinda de imigrantes para as colônias de Leopoldina e Frankenthal estabelecidas na então Província da Bahia desde 1816, às margens dos rios Caravelas e Viçosa. Por motivos ignorados esses colonos acabaram sendo enviados a Nova Friburgo, onde chegaram a 3 e 4 de maio de 1824; eram oitenta famílias - encabeçadas pelo pastor Frederico Sauerbronn - que foram recebidas por Monsenhor Miranda, então readmitido no cargo de inspetor, do qual se exonerara. Esse sistema especial de administração da colônia por intermédio de um Inspetor designado pelo Governo Imperial vigorou até 1831; a partir desse ano a jurisdição passou a ser superintendida pela Câmara da Freguesia, a exemplo das outras vilas brasileiras.
Finalmente, a 8 de janeiro de 1890, Nova Friburgo foi elevada à categoria de cidade, tendo sua população aumentado com a chegada de imigrantes italianos, portugueses e sírios. Em 1872, o Barão de Nova Friburgo trouxe, até a região, os trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina a fim de escoar a sua produção de café proveniente de Cantagalo que durante um longo período era a maior do gênero no mundo levando em consideração a proporção por município correspondendo a média de 70% do território.

A partir de 1910, Nova Friburgo, que, até então, devia o seu progresso ao desenvolvimento da agricultura e ao seu clima seco ideal para município de veraneio, viu chegar vários cidadãos de iniciativa, tais como Conselheiros Julius Arp, Maximilian Falck e William Peacock Denis, que foram os pioneiros da era industrial friburguense. A estes, se juntaram outros elementos de valor, provocando o surto de progresso verificado até meados da década de 1980. Os investimentos por conta da industrialização da região serrana pararam a medida que o grande negócio passou a ser a extração de petróleo em Campos dos Goytacazes, o Grande parque industrial não saiu dos papeis, a ideia de tornar Nova Friburgo um polo regional com rodovias de proporções e infraestruturada para absorver o desenvolvimento a melhoria dos meios de comunicação com as cidades do Rio de Janeiro e Niterói demoraram anos, a indústria de turismo incorporou-se às demais fontes de renda da municipalidade. Paralelamente, manteve-se o comércio local, uma das fontes de renda da comunidade. A ferrovia foi desativada no final da década de 1960. Porém, existe uma indicação legislativa de autoria do deputado Rogério Cabral (Partido Socialista Brasileiro), em trâmite desde 2007, para trazer de volta essa modalidade de transporte, que ligaria as cidades de Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu, com fins turísticos.

DISTRITOS

1º Distrito: Centro
2º Distrito: Riograndina
3º Distrito: Campo do Coelho
4º Distrito: Amparo
5º Distrito: Lumiar
6º Distrito: Conselheiro Paulino
7º Distrito: São Pedro da Serra
8º Distrito: Mury

Até 1838, só havia um distrito em Nova Friburgo, seu território estendia-se das divisas com Magé, Paraíba do Sul, Minas Gerais, Cantagalo, Macaé, Cabo Frio, Santo Antônio de Sá, quando, pela deliberação de 13 de outubro naquele ano, foi criado um segundo distrito, com a denominação de Nossa Senhora do Paquequer " Sumidouro".
No dia 4 de fevereiro de 1863, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Conceição de Sebastiana. Posteriormente outros distritos foram criados, mas a área do município de Nova Friburgo sofreu grande diminuição com a cessão de mais partes do seu território para formação de outros municípios como Sapucaia, Teresópolis, Carmo, Sumidouro, Bom Jardim e outras pequenas porções para organizar a divisão territorial. Os demais distritos de Nova Friburgo foram surgindo à medida que pequenas vilas foram crescendo e se unindo em aglomerados urbanos maiores e a terem maior importância política. A lei n° 1809, de 25 de janeiro de 1924, estabelece novo ordenamento dos distritos no município de Nova Friburgo com as seguintes denominações: 1° Cidade (atual cidade de Nova Friburgo); 2° Estação do Rio Grande; 3° Distrito de Terras Frias, com sede em Campo do Coelho; 4° Amparo e 5° São Pedro.
A lei n° 2181 de 16 de novembro de 1927 criou o 6° distrito com o nome de Galdinópolis com terras desmembradas do atual 5° distrito de Lumiar e que foi logo extinto pelo decreto n° 19.398 de 29 de janeiro de 1931 sendo seu território novamente incorporado ao hoje 5° distrito de Lumiar.
O 5° distrito de Lumiar, antiga freguesia de São João Batista de Nova Friburgo, como um dos mais antigo distrito de Nova Friburgo, foi parte do antigo 5° distrito de São Pedro que tinha sede em São Pedro da Serra que era denominada como São Pedro de Lumiar. Foi constituído no dia 6 de abril de 1889, passando no dia 18 de outubro do mesmo ano, também a distrito de paz.
Entre 1909 e 1987 houve mudanças sucessivas entre as hoje vilas de Lumiar e São Pedro de Lumiar como sede do 5° distrito.
A lei municipal n° 2107, de 2 de abril de 1987, de autoria do então vereador Benício Valladares, criou o 7° distrito do município de Nova Friburgo com o topônimo de São Pedro da Serra, com terras desmembradas dos atuais 4° distrito - Amparo e 5° distrito - Lumiar.

Em alguns bairros e distritos do município a altitude chega até 1000 m ou mais, como os bairros do Caledônia, alguns trechos da estrada Mury-Lumiar (RJ-142) e o Alto de Theodoro de Oliveira. Existem trechos da cidade, como a localidade de São Romão, em Lumiar, em que a altitude chega a 300 metros uma extrema na serra.
O ponto culminante do município é o Pico Maior de Friburgo, com altitude de 2.366 metros, sendo, também, o ponto culminante de toda a Serra do Mar. Também merece menção o Pico da Caledônia, cuja altitude chega a 2.257 metros

Nova Friburgo possui um clima tropical de altitude, com invernos frescos e secos e verões agradáveis e úmidos. A temperatura média compensada do município é de 18 °C. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), de 1961 a 2003 a menor temperatura registrada em Nova Friburgo foi de 1 °C nos dias 1° de junho de 1968, 28 de junho de 1968, 7 de junho de 1969 e 22 de julho de 1981, e a maior atingiu 37 °C em 27 de janeiro de 1986. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 165,4 mm em 16 de dezembro de 1966. Outros grandes acumulados foram 125,8 mm em 20 de outubro de 1962, 113 mm em 24 de janeiro de 1964, 108,6 mm em 13 de janeiro de 1978, 105,6 mm em 28 de novembro de 1978 e 103,8 mm em 24 de dezembro de 1966.

ATUALMENTE

O município ficou conhecido como a Capital Nacional da Moda Íntima, por sua enorme produção (em torno de 600 milhões de reais), com grande variedade de modelos. Suas marcas estão começando a competir no mercado exterior (exporta, atualmente, 4,6 milhões de dólares). 25% da produção nacional de lingerie é produzida no município.
Nova Friburgo é a segunda maior produtora de flores do Brasil, sendo superada apenas por Holambra, em São Paulo. Nos últimos anos, o município tem recebido muitos estudantes, que procuram as universidades do município, evitando os grandes centros.

DEMOGRAFIA
Etnias Cor/Raça
Branca 72,01%
Parda 18,95%
Preta 8,47%
Amarela 0,48%
Indígena 0,09%

De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população de Nova Friburgo está composta por: Católicos 61%), evangélicos (18,58%), pessoas sem religião (13,44%), espíritas (1,99%) e 3,39% estão divididas entre outras religiões.

O CARNAVAL DE NOVA FRIBURGO

Carnaval de Nova Friburgo é marcado atualmente pelos desfiles de escolas de samba e blocos, sendo notadamente influenciado pelo carnaval da capital do Estado. O evento tem impacto na economia da cidade. O carnaval de Nova Friburgo já foi tema de livro, Até Quarta-Feira! autoria de David Massena. O desfile principal é realizado na Avenida Alberto Braune. A liga que rege e regulamenta os desfiles é a LIESBENF.

Escolas de Samba

GRES Acadêmicos do Prado
GRES Imperatriz de Olaria
GRES Vilage no Samba
GRES Alunos do Samba
GRES Unidos da Saudade

Blocos de Enredo

Bola Branca
Globo de Ouro
Unidos do Imperador
Raio de Luar

Bandas e Fanfarras
Banda dos 9 aos 90
Cidades vizinhas:
Coordenadas:   22°18'24"S   42°28'2"W
  •  18 km
  •  28 km
  •  86 km
  •  94 km
  •  136 km
  •  144 km
  •  179 km
  •  241 km
  •  258 km
  •  282 km
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