Macaé
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cidade, município
É muito difícil falar sobre Macaé. Adicionamos alguns portais que esclarecerão mais que nossas palavras. Não faz muito tempo, na década de 60, a cidade se resumia a algumas casas próximas a foz do rio Macaé, que tinha um delicioso camarão (nativo). Era parada obrigatória para os ônibus da Viação Santo Antônio que faziam a ligação de Campos (hoje Campos dos Goitacazes) ao Rio de Janeiro, tudo através da rodovia Amaral Peixoto, pois a BR-101 foi construída depois, na década de 70. De repente, a Petrobrás elege Macaé como centro de suas operações junto a Bacia Petrolífera de Campos e o resto da história vocês já sabem, temos aí um fenômeno de crescimento e uma das maiores rendas "per-captas" do país, segundo o IBGE 95.625,00. Junto com a Petrobrás "aportou" uma infinidade de Empresas e Serviços essenciais ao trabalho da empresa principal.
História
No ano de fundação de Cabo Frio (1615) tem início a conquista dos Goitacás do Norte, com um triste episódio. Os habitantes da nova vila exigem a destruição dos nativos da vizinhança e espalham em seus campos roupas de doentes de varíola, a fim de contaminá-los. A medida desumana não traz qualquer vantagem aos feitores. O índio continua arredio e, nas planícies de Campos, ainda se mostra "intratável". Só com a ameaça de pirataria na região surge o interesse no povoamento de Macaé. Durante o domínio da Espanha sobre Portugal, o então ministro espanhol em Londres, o estadista Gondomar, alertou o governo de Madri quando soube da pretensa invasão de aventureiros ingleses. Sem recorrer à luta, o hábil diplomata conseguiu fazer com que os ingleses desistissem da investida. Mesmo assim, o governo espanhol tomou providências para defender a terra, ordenando ao governador-geral Gaspar de Souza que estabelecesse de cem a duzentos índios numa aldeia sobre o rio Macaé, defronte à Ilha de Santana, e que fundasse um povoamento semelhante sobre o rio Leripe (hoje Rio das Ostras), onde os inimigos cortavam as madeiras colorantes de Pau-brasil, principal mercadoria contrabandeada.
O filho de Araribóia, Amador Bueno, chefiou o povoado que corresponde hoje à cidade de Macaé. O outro núcleo primitivo se estabeleceu na Freguesia de Neves, onde o missionário Antonio Vaz Ferreira conseguiu catequizar os índios que campeavam às margens dos rios Macaé, Macabu e São Pedro. A colonização oficial, feita pelos jesuítas, só teve início em fins de 1630, quando eles começaram a erguer a Capela de Santana, um engenho e um colégio num lugar posteriormente conhecido como a Fazenda dos Jesuítas de Macaé. A dominação dos goitacás, e o possível acesso às suas planícies, foram conquistas obtidas pelo trabalho conjunto dos jesuítas João de Almeida, João Lobato e, principalmente, Estevão Gomes, capitão-mor de Cabo Frio. Rico senhor do Rio de Janeiro, Gomes conseguiu apaziguar os selvagens, por ter-lhes prestado ajuda na época da epidemia provocada pelos colonizadores.
Em 1695, um dos sucessores dos Sete Capitães, Luis de Barcelos de Machado, construiu a Capela de Nossa Senhora do Desterro, num lugar posteriormente conhecido como Freguesia do Furado e transferido em 1877 para os domínios do distrito de Quissamã. Apesar de todos esses esforços de colonização, até o fim do Século XVII, Macaé continuou desprotegida. Nas ilhas de Santana instalou-se um centro de piratas franceses que, em 1725, saqueavam todo o litoral. Roubavam embarcações e assaltavam os que traziam gado e mantimentos para a cidade do Rio de Janeiro.
Com a expulsão dos jesuítas, em 1795, por ordem do Marquês de Pombal, a localidade recebeu novos imigrantes vindos de Cabo Frio e de Campos para ocupar as terras já apaziguadas. O povoado progrediu, surgiram novas fazendas e engenhos. O desenvolvimento da região garantiu sua elevação à categoria de vila, com o nome de São João de Macaé em 29 de julho de 1813. Com o território desmembrado de Cabo Frio e Campos, Macaé torna-se município em 25 de janeiro de 1814. Passagem terrestre obrigatória entre o Rio de Janeiro e Campos, Macaé foi sede do registro criado pelos viscondes de Asseca, com a função de cobrar impostos e fiscalizar tudo o que saía da Paraíba do Sul, mantendo o território sob ferrenha opressão. Em 15 de abril de 1846, a lei provincial nº 364 eleva a Vila São João de Macaé à categoria de cidade.
Em 1862 já circulava o primeiro jornal, o "Monitor Macaense". Com o crescimento da produção dos engenhos de açúcar de Campos, o governo imperial se dá conta da necessidade de auxiliar o seu escoamento, pois o porto de São João da Barra já ultrapassara sua capacidade. Inicia-se, então, em 1872, a construção do canal Campos-Macaé, atravessando restingas, num trajeto de 109 quilômetros, utilizando como porto marítimo a enseada de Imbetiba. Nascia um importante porto para a economia fluminense, que seria palco de uma intensa agitação comercial no fim do período imperial. A criação da via férrea trouxe novo impulso, com as companhias concessionárias das Estradas de Macaé, do Barão de Araruama, do ramal de Quissamã e da Urbana de Macaé. Mais tarde chegaram os trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1910, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Alfredo Baker, criou a Prefeitura Municipal de Macaé, entregando sua administração ao niteroiense Silva Marques. A população macaense não aceitou a imposição, impedindo a posse e levando o caso à Justiça, que impugnou o prefeito.
Ainda em 1938, a Comarca de Macaé passa a constar de dois termos: Macaé e Casimiro de Abreu. Vinte anos depois, a lei 3.386 constitui a Comarca de Macaé de um só termo, o município de Macaé, composto pelos distritos de Macaé, Barra de Macaé, Carapebus, Quissamã, Córrego do Ouro, Cachoeiro de Macaé, Glicério e Sana. Mais tarde seriam incorporados os distritos de Vila Paraíso, Frade, Parque Aeroporto e Imboassica. As principais lavouras do município são a cana-de-açúcar, laranja, tomate, café, mandioca, banana, feijão, batata-doce, milho, arroz e abacaxi. A pecuária também é bastante desenvolvida. De sua arquitetura colonial, Macaé conserva apenas a Igreja reformada de Santana e o Forte Marechal Hermes, de 1651. A lenda diz que essas duas construções se uniam por um túnel, feito pelos jesuítas, onde eram escondidos tesouros. Hoje, a descoberta de petróleo na plataforma continental trouxe grande impulso à economia local, fazendo de Macaé um dos municípios que mais contribuem para a geração de riquezas para o Estado do Rio de Janeiro.
Macaé pertence à Região Norte Fluminense, que também abrange os municípios de Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. O município tem uma área total de 1.216 quilômetros quadrados, correspondentes a 12,5% da área da Região Norte Fluminense. O município está dividido em seis distritos - Sede, Cachoeiros de Macaé, Córrego do Ouro, Glicério, Frade e Sana.
Macaé está localizada a uma latitude de -22º37'08" e longitude de -41º78'69" e faz divisa com as cidades de Quissamã, Carapebus, Conceição de Macabu, ao Norte; Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, ao Sul; Trajano de Moraes e Nova Friburgo, a Oeste; e com o Oceano Atlântico, a Leste.
Contando com 11 quilômetros de litoral, o clima é quente e úmido na maior parte do ano, com temperaturas que variam entre 18ºC e 30ºC, amplitude térmica considerável ocasionada pela troca de ventos entre o litoral e a serra, relativamente próximos.
As ligações da sede municipal são feitas por duas rodovias e uma ferrovia. A RJ-106 percorre todo o litoral, de Rio das Ostras a Carapebus, atravessando o centro da cidade. A RJ-168 corta o município de leste a oeste, acessando a BR-101, que alcança Conceição de Macabu, ao norte, e Rio das Ostras, ao sul. Com apenas um pequeno trecho asfaltado, a RJ-162 tem um traçado pelo interior, alcançando Trajano de Morais, ao norte e Casimiro de Abreu, ao sul. A ferrovia, que liga o Estado do Rio de Janeiro ao Espírito Santo, é usada quase que exclusivamente para transporte de cargas.
Macaé
Royalties e participações especiais recebidos em 2006: R$ 413.116.830,41
População: 169.725
Território: 1.216 km2
PIB per capita: R$ 120.602
Orçamento 2007: R$ 865 milhões
3.189 empresas prestadoras de serviço
2.514 empresas de comércio
Origem do Nome
Quanto a origem da palavra, não resta dúvidas de tratar-se de um vocábulo indígena, porém queriam alguns estudiosos que o termo procedesse da corruptela de maca-ê “que entre os nativos significa macaba doce, por extensão coco doce, produzido pela palmeira macabaíba, abundante na região”, outros afirmavam que os índios Goytacás se utilizavam da palavra Macaé, para denominar o rio deste nome, que significaria “Rio dos Bagres”.
Hoje já existe um acordo entre tupinólogos de que o mais provável é que o termo provenha do popular e delicioso “coco de catarro”, ou seja, do fruto da macabaíba, a imponente “Phoenix Dactylifera”, que sobre um campo azul ornamenta a nossa bandeira.
Macaé: petróleo e desenvolvimento
Com uma economia que cresceu 600% nos últimos dez anos – mais do que a da China – Macaé é uma cidade em ebulição. Por conta do desenvolvimento da indústria do petróleo e gás, especialmente a partir da quebra do monopólio estatal, em 1997, a cidade hoje é bem diferente da vila de pescadores dos anos 70.
O crescimento da indústria do petróleo provocou o aumento populacional, com a chegada de gente de todo o país e do mundo para trabalhar em Macaé. A população triplicou – são mais de 200 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE, estimativa feita com base no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Dez por cento da população é de estrangeiros. O município é responsável por 85% da produção de petróleo e 47% da produção de gás natural do país.
O município está entre os dez com maior concentração de renda per capita do país. De acordo com o IBGE, a cidade subiu do 55º lugar para a oitava posição no ranking de participação dos pequenos municípios no Produto Interno Bruto (PIB) do país entre 2003 e 2004. O PIB per capita do município é de R$ 120.612,00.
De acordo levantamento feito pela Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (CIDE), a cidade passou para a terceira colocação entre os 92 municípios do estado com o melhor índice de Qualidade dos Municípios (IQM), atrás apenas de Niterói e do Rio de Janeiro. O IQM passou de 0,4789 para 0,6386. Em 1998, Macaé estava na quinta posição.
Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) apontou a cidade como a que mais se desenvolveu na última década no eixo Rio-São Paulo. Por sua ótima economia, Macaé foi eleita em 2007 pelo jornal A Gazeta Mercantil como a cidade mais dinâmica do país, levando em consideração o índice de Desenvolvimento Humano.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou Macaé como a décima terceira melhor cidade brasileira para se trabalhar, de acordo com pesquisa feita em 2006 - está em oitavo lugar entre os municípios da região Sudeste. Entre as cidades que não são capitais do estado, Macaé é a primeira em vigor econômico do país, levando em conta o ISS e o PIB per capita.
Os setores da Construção Civil e de Serviços são os responsáveis pelo crescimento no número de empregos com carteira assinada em Macaé. O município ocupa o quarto lugar entre as cidades que mais formalizaram trabalhadores em todo o estado. No primeiro semestre de 2006, 3.225 pessoas tiveram suas carteiras assinadas em Macaé. Com isso, o índice de crescimento do município chegou a 4,73% no estado. Hoje, em Macaé, 26% dos empregados com carteira assinada ganham mais de dez salários-mínimos. A cidade tem 3.189 empresas prestadoras de serviço, 2.514 empresas de comércio e dois mil profissionais autônomos.
A cidade também recebeu o título de Município Amigo da Criança, em reconhecimento às ações nas áreas de educação e saúde. O prêmio foi dado pela Organização Pan-Americana de Saúde. As crianças de zero a seis anos de Macaé são as que têm a melhor qualidade de vida do estado do Rio, de acordo com pesquisa feita em 2006 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef. Numa escala de zero a um, Macaé teve a nota 0,886 no índice de Desenvolvimento Infantil (IDI), que analisou os investimentos feitos na primeira infância. Entre os 5.561 municípios brasileiros, Macaé está em 81º lugar.
Macaé está com o melhor desempenho no ensino de primeira a quarta série, no ranking dos 20 municípios do Estado, de acordo com o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com média 4,4, o município é o único das regiões dos Lagos e Norte Fluminense que aparece na lista, na 15ª colocação, e está acima da cidade do Rio de Janeiro, a 20ª colocada no ranking. O Ideb foi calculado de acordo com os resultados da Prova Brasil, realizada em 2005, e com as taxas de aprovação escolar.
O turismo de negócios já está consolidado na cidade, que recebe empresários e trabalhadores da indústria offshore todos os dias. A cidade tem hoje o segundo maior parque hoteleiro do estado, com cerca de três mil leitos, distribuídos em aproximadamente 100 hotéis e pousadas. O turismo de negócios, setor que cresce de 6% a 9% ao ano, corresponde a 71% do setor e a 10% do PIB do município. Por conta de seu ótimo potencial, a cidade ganhou o Selo de Ouro do Turismo, da Embratur.
Cercado de belezas naturais, o município tem um grande potencial principalmente nos distritos da região serrana. São 11 quilômetros de praias, lagoas costeiras e santuários ecológicos. Na região serrana, os distritos têm rios com corredeiras e dezenas de cachoeiras, ideais para a prática de esportes radicais. Além disso, as montanhas da serra oferecem cenários perfeitos para escaladas e downhill (descida de bicicletas).
Na serra, para desenvolver a indústria do turismo com responsabilidade, a prefeitura investe em infra estrutura. Uma das principais obras é a construção do Anel Viário, interligando os distritos do Sana, Bicuda e Areia Branca. A prefeitura também investe na implantação de ações junto à comunidade para desenvolver o turismo local.
Outro paraíso ecológico do município é o Arquipélago de Santana, área de proteção ambiental. São três ilhas – Santana, do Francês e o Ilhote Sul – que servem de abrigo para aves migratórias, além de ter uma rica flora. Macaé também é sede do Parque Nacional de Jurubatiba, único do país voltado para a preservação da vegetação de restinga.
Fonte: Centro de Memória Antonio Alvarez Parada
www.macaetur.com.br/default2.asp?s=1&ss=3&i=9&si=6
www.macaetur.com.br/
www.macae.rj.gov.br/
www.clickmacae.com.br/?sec=90&pag=galeria&cod=3
www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=4394502
www.ferias.tur.br/fotos/6962/macae-rj.html
www.macae-rj.com/pages/fotos_regiao.htm
www.macae-rj.com/pages/historia.htm
www.coseac.uff.br/cidades/macaefotos.htm
www.coseac.uff.br/cidades/macaehist.htm
História
No ano de fundação de Cabo Frio (1615) tem início a conquista dos Goitacás do Norte, com um triste episódio. Os habitantes da nova vila exigem a destruição dos nativos da vizinhança e espalham em seus campos roupas de doentes de varíola, a fim de contaminá-los. A medida desumana não traz qualquer vantagem aos feitores. O índio continua arredio e, nas planícies de Campos, ainda se mostra "intratável". Só com a ameaça de pirataria na região surge o interesse no povoamento de Macaé. Durante o domínio da Espanha sobre Portugal, o então ministro espanhol em Londres, o estadista Gondomar, alertou o governo de Madri quando soube da pretensa invasão de aventureiros ingleses. Sem recorrer à luta, o hábil diplomata conseguiu fazer com que os ingleses desistissem da investida. Mesmo assim, o governo espanhol tomou providências para defender a terra, ordenando ao governador-geral Gaspar de Souza que estabelecesse de cem a duzentos índios numa aldeia sobre o rio Macaé, defronte à Ilha de Santana, e que fundasse um povoamento semelhante sobre o rio Leripe (hoje Rio das Ostras), onde os inimigos cortavam as madeiras colorantes de Pau-brasil, principal mercadoria contrabandeada.
O filho de Araribóia, Amador Bueno, chefiou o povoado que corresponde hoje à cidade de Macaé. O outro núcleo primitivo se estabeleceu na Freguesia de Neves, onde o missionário Antonio Vaz Ferreira conseguiu catequizar os índios que campeavam às margens dos rios Macaé, Macabu e São Pedro. A colonização oficial, feita pelos jesuítas, só teve início em fins de 1630, quando eles começaram a erguer a Capela de Santana, um engenho e um colégio num lugar posteriormente conhecido como a Fazenda dos Jesuítas de Macaé. A dominação dos goitacás, e o possível acesso às suas planícies, foram conquistas obtidas pelo trabalho conjunto dos jesuítas João de Almeida, João Lobato e, principalmente, Estevão Gomes, capitão-mor de Cabo Frio. Rico senhor do Rio de Janeiro, Gomes conseguiu apaziguar os selvagens, por ter-lhes prestado ajuda na época da epidemia provocada pelos colonizadores.
Em 1695, um dos sucessores dos Sete Capitães, Luis de Barcelos de Machado, construiu a Capela de Nossa Senhora do Desterro, num lugar posteriormente conhecido como Freguesia do Furado e transferido em 1877 para os domínios do distrito de Quissamã. Apesar de todos esses esforços de colonização, até o fim do Século XVII, Macaé continuou desprotegida. Nas ilhas de Santana instalou-se um centro de piratas franceses que, em 1725, saqueavam todo o litoral. Roubavam embarcações e assaltavam os que traziam gado e mantimentos para a cidade do Rio de Janeiro.
Com a expulsão dos jesuítas, em 1795, por ordem do Marquês de Pombal, a localidade recebeu novos imigrantes vindos de Cabo Frio e de Campos para ocupar as terras já apaziguadas. O povoado progrediu, surgiram novas fazendas e engenhos. O desenvolvimento da região garantiu sua elevação à categoria de vila, com o nome de São João de Macaé em 29 de julho de 1813. Com o território desmembrado de Cabo Frio e Campos, Macaé torna-se município em 25 de janeiro de 1814. Passagem terrestre obrigatória entre o Rio de Janeiro e Campos, Macaé foi sede do registro criado pelos viscondes de Asseca, com a função de cobrar impostos e fiscalizar tudo o que saía da Paraíba do Sul, mantendo o território sob ferrenha opressão. Em 15 de abril de 1846, a lei provincial nº 364 eleva a Vila São João de Macaé à categoria de cidade.
Em 1862 já circulava o primeiro jornal, o "Monitor Macaense". Com o crescimento da produção dos engenhos de açúcar de Campos, o governo imperial se dá conta da necessidade de auxiliar o seu escoamento, pois o porto de São João da Barra já ultrapassara sua capacidade. Inicia-se, então, em 1872, a construção do canal Campos-Macaé, atravessando restingas, num trajeto de 109 quilômetros, utilizando como porto marítimo a enseada de Imbetiba. Nascia um importante porto para a economia fluminense, que seria palco de uma intensa agitação comercial no fim do período imperial. A criação da via férrea trouxe novo impulso, com as companhias concessionárias das Estradas de Macaé, do Barão de Araruama, do ramal de Quissamã e da Urbana de Macaé. Mais tarde chegaram os trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1910, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Alfredo Baker, criou a Prefeitura Municipal de Macaé, entregando sua administração ao niteroiense Silva Marques. A população macaense não aceitou a imposição, impedindo a posse e levando o caso à Justiça, que impugnou o prefeito.
Ainda em 1938, a Comarca de Macaé passa a constar de dois termos: Macaé e Casimiro de Abreu. Vinte anos depois, a lei 3.386 constitui a Comarca de Macaé de um só termo, o município de Macaé, composto pelos distritos de Macaé, Barra de Macaé, Carapebus, Quissamã, Córrego do Ouro, Cachoeiro de Macaé, Glicério e Sana. Mais tarde seriam incorporados os distritos de Vila Paraíso, Frade, Parque Aeroporto e Imboassica. As principais lavouras do município são a cana-de-açúcar, laranja, tomate, café, mandioca, banana, feijão, batata-doce, milho, arroz e abacaxi. A pecuária também é bastante desenvolvida. De sua arquitetura colonial, Macaé conserva apenas a Igreja reformada de Santana e o Forte Marechal Hermes, de 1651. A lenda diz que essas duas construções se uniam por um túnel, feito pelos jesuítas, onde eram escondidos tesouros. Hoje, a descoberta de petróleo na plataforma continental trouxe grande impulso à economia local, fazendo de Macaé um dos municípios que mais contribuem para a geração de riquezas para o Estado do Rio de Janeiro.
Macaé pertence à Região Norte Fluminense, que também abrange os municípios de Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. O município tem uma área total de 1.216 quilômetros quadrados, correspondentes a 12,5% da área da Região Norte Fluminense. O município está dividido em seis distritos - Sede, Cachoeiros de Macaé, Córrego do Ouro, Glicério, Frade e Sana.
Macaé está localizada a uma latitude de -22º37'08" e longitude de -41º78'69" e faz divisa com as cidades de Quissamã, Carapebus, Conceição de Macabu, ao Norte; Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, ao Sul; Trajano de Moraes e Nova Friburgo, a Oeste; e com o Oceano Atlântico, a Leste.
Contando com 11 quilômetros de litoral, o clima é quente e úmido na maior parte do ano, com temperaturas que variam entre 18ºC e 30ºC, amplitude térmica considerável ocasionada pela troca de ventos entre o litoral e a serra, relativamente próximos.
As ligações da sede municipal são feitas por duas rodovias e uma ferrovia. A RJ-106 percorre todo o litoral, de Rio das Ostras a Carapebus, atravessando o centro da cidade. A RJ-168 corta o município de leste a oeste, acessando a BR-101, que alcança Conceição de Macabu, ao norte, e Rio das Ostras, ao sul. Com apenas um pequeno trecho asfaltado, a RJ-162 tem um traçado pelo interior, alcançando Trajano de Morais, ao norte e Casimiro de Abreu, ao sul. A ferrovia, que liga o Estado do Rio de Janeiro ao Espírito Santo, é usada quase que exclusivamente para transporte de cargas.
Macaé
Royalties e participações especiais recebidos em 2006: R$ 413.116.830,41
População: 169.725
Território: 1.216 km2
PIB per capita: R$ 120.602
Orçamento 2007: R$ 865 milhões
3.189 empresas prestadoras de serviço
2.514 empresas de comércio
Origem do Nome
Quanto a origem da palavra, não resta dúvidas de tratar-se de um vocábulo indígena, porém queriam alguns estudiosos que o termo procedesse da corruptela de maca-ê “que entre os nativos significa macaba doce, por extensão coco doce, produzido pela palmeira macabaíba, abundante na região”, outros afirmavam que os índios Goytacás se utilizavam da palavra Macaé, para denominar o rio deste nome, que significaria “Rio dos Bagres”.
Hoje já existe um acordo entre tupinólogos de que o mais provável é que o termo provenha do popular e delicioso “coco de catarro”, ou seja, do fruto da macabaíba, a imponente “Phoenix Dactylifera”, que sobre um campo azul ornamenta a nossa bandeira.
Macaé: petróleo e desenvolvimento
Com uma economia que cresceu 600% nos últimos dez anos – mais do que a da China – Macaé é uma cidade em ebulição. Por conta do desenvolvimento da indústria do petróleo e gás, especialmente a partir da quebra do monopólio estatal, em 1997, a cidade hoje é bem diferente da vila de pescadores dos anos 70.
O crescimento da indústria do petróleo provocou o aumento populacional, com a chegada de gente de todo o país e do mundo para trabalhar em Macaé. A população triplicou – são mais de 200 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE, estimativa feita com base no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Dez por cento da população é de estrangeiros. O município é responsável por 85% da produção de petróleo e 47% da produção de gás natural do país.
O município está entre os dez com maior concentração de renda per capita do país. De acordo com o IBGE, a cidade subiu do 55º lugar para a oitava posição no ranking de participação dos pequenos municípios no Produto Interno Bruto (PIB) do país entre 2003 e 2004. O PIB per capita do município é de R$ 120.612,00.
De acordo levantamento feito pela Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (CIDE), a cidade passou para a terceira colocação entre os 92 municípios do estado com o melhor índice de Qualidade dos Municípios (IQM), atrás apenas de Niterói e do Rio de Janeiro. O IQM passou de 0,4789 para 0,6386. Em 1998, Macaé estava na quinta posição.
Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) apontou a cidade como a que mais se desenvolveu na última década no eixo Rio-São Paulo. Por sua ótima economia, Macaé foi eleita em 2007 pelo jornal A Gazeta Mercantil como a cidade mais dinâmica do país, levando em consideração o índice de Desenvolvimento Humano.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou Macaé como a décima terceira melhor cidade brasileira para se trabalhar, de acordo com pesquisa feita em 2006 - está em oitavo lugar entre os municípios da região Sudeste. Entre as cidades que não são capitais do estado, Macaé é a primeira em vigor econômico do país, levando em conta o ISS e o PIB per capita.
Os setores da Construção Civil e de Serviços são os responsáveis pelo crescimento no número de empregos com carteira assinada em Macaé. O município ocupa o quarto lugar entre as cidades que mais formalizaram trabalhadores em todo o estado. No primeiro semestre de 2006, 3.225 pessoas tiveram suas carteiras assinadas em Macaé. Com isso, o índice de crescimento do município chegou a 4,73% no estado. Hoje, em Macaé, 26% dos empregados com carteira assinada ganham mais de dez salários-mínimos. A cidade tem 3.189 empresas prestadoras de serviço, 2.514 empresas de comércio e dois mil profissionais autônomos.
A cidade também recebeu o título de Município Amigo da Criança, em reconhecimento às ações nas áreas de educação e saúde. O prêmio foi dado pela Organização Pan-Americana de Saúde. As crianças de zero a seis anos de Macaé são as que têm a melhor qualidade de vida do estado do Rio, de acordo com pesquisa feita em 2006 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef. Numa escala de zero a um, Macaé teve a nota 0,886 no índice de Desenvolvimento Infantil (IDI), que analisou os investimentos feitos na primeira infância. Entre os 5.561 municípios brasileiros, Macaé está em 81º lugar.
Macaé está com o melhor desempenho no ensino de primeira a quarta série, no ranking dos 20 municípios do Estado, de acordo com o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com média 4,4, o município é o único das regiões dos Lagos e Norte Fluminense que aparece na lista, na 15ª colocação, e está acima da cidade do Rio de Janeiro, a 20ª colocada no ranking. O Ideb foi calculado de acordo com os resultados da Prova Brasil, realizada em 2005, e com as taxas de aprovação escolar.
O turismo de negócios já está consolidado na cidade, que recebe empresários e trabalhadores da indústria offshore todos os dias. A cidade tem hoje o segundo maior parque hoteleiro do estado, com cerca de três mil leitos, distribuídos em aproximadamente 100 hotéis e pousadas. O turismo de negócios, setor que cresce de 6% a 9% ao ano, corresponde a 71% do setor e a 10% do PIB do município. Por conta de seu ótimo potencial, a cidade ganhou o Selo de Ouro do Turismo, da Embratur.
Cercado de belezas naturais, o município tem um grande potencial principalmente nos distritos da região serrana. São 11 quilômetros de praias, lagoas costeiras e santuários ecológicos. Na região serrana, os distritos têm rios com corredeiras e dezenas de cachoeiras, ideais para a prática de esportes radicais. Além disso, as montanhas da serra oferecem cenários perfeitos para escaladas e downhill (descida de bicicletas).
Na serra, para desenvolver a indústria do turismo com responsabilidade, a prefeitura investe em infra estrutura. Uma das principais obras é a construção do Anel Viário, interligando os distritos do Sana, Bicuda e Areia Branca. A prefeitura também investe na implantação de ações junto à comunidade para desenvolver o turismo local.
Outro paraíso ecológico do município é o Arquipélago de Santana, área de proteção ambiental. São três ilhas – Santana, do Francês e o Ilhote Sul – que servem de abrigo para aves migratórias, além de ter uma rica flora. Macaé também é sede do Parque Nacional de Jurubatiba, único do país voltado para a preservação da vegetação de restinga.
Fonte: Centro de Memória Antonio Alvarez Parada
www.macaetur.com.br/default2.asp?s=1&ss=3&i=9&si=6
www.macaetur.com.br/
www.macae.rj.gov.br/
www.clickmacae.com.br/?sec=90&pag=galeria&cod=3
www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=4394502
www.ferias.tur.br/fotos/6962/macae-rj.html
www.macae-rj.com/pages/fotos_regiao.htm
www.macae-rj.com/pages/historia.htm
www.coseac.uff.br/cidades/macaefotos.htm
www.coseac.uff.br/cidades/macaehist.htm
Artigo da Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Macaé
Cidades vizinhas:
Coordenadas: 22°17'10"S 41°58'35"W
- Quissamã 44 km
- Silva Jardim 66 km
- Nova Friburgo 79 km
- Petrópolis 145 km
- Vassouras 186 km
- Rio de Janeiro 193 km
- Valença 229 km
- Resende 292 km
- Paraty 307 km
- Cunha 333 km
- Córrego do Ouro 3.3 km
- Parque Fazenda Atalaia 3.9 km
- Trapiche 5.5 km
- Serra das Pedrinhas 10 km
- Serra do Segredo 11 km
- Complexo Logístico & Industrial de Macaé (CLIMA) 13 km
- Rocha Leão 16 km
- Reserva Biológica União 17 km
- Assentamento Cantagalo 17 km
- Imboassica 18 km
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