Complexo do Rola (Rio de Janeiro)

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Favela do Rola* (conhecida popularmente como Favela do Rodo) é uma favela localizada no bairro de Santa Cruz na cidade do Rio de Janeiro.

iA favela e dividida em dois blocos: Rolas I e Rolas II e tem uma população estimada em cerca de 30.000 pessoas.

Tem como principal entrada as avenidas Antares e Cesário de Melo e a rua Felipe Cardoso. A comunidade também possuem subdivisões como: Marcola, Colina, Prédios, Jaú, Maravilha e Praça.

A favela do Rola faz divisa com a também Favela Santacruzeiranse do Antares.

*Segundo os dados oficiais da Prefeitura do Rio de Janeiro, o nome da comunidade se chama Rola, porém durante o domínio dos traficantes, o local passou a ser chamado de Rodo, para não ter mais associação com nome que somente no Brasil, é vinculado ao orgão genital masculino
A região era parte integrante da Fazenda Imperial de Santa Cruz. Após a proclamação da república inúmeros lavradores e latifundiários foram ocupando essa área, agora pertencente a Fazenda Nacional, e em 1967 o herdeiro e responsável pela gestão da Fazenda, o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA) criou uma legislação para tratar das terras dessa região, elaborando o projeto Fundiário da Fazenda Nacional de Santa Cruz. Foi justamente nesse período que a atual área da Comunidade do Rollas começou a ser ocupada por habitações. As terras estariam arrendadas ao comerciante português José Maria Rollas, que iniciou um processo de loteamento da área.
Em 1966 enchentes desabrigaram moradores de Santa Cruz que liderados por João Chaboudet ocuparam essa região. gerando uma disputa judicial com a família Rollas. Apesar de possuir características sociais e estruturais de uma área favelizada, a Comunidade do Rollas oficialmente é classificada pela Prefeitura do Rio como área de loteamenro irregular e clandestino.
Fonte: Lembranças e Esquecimentos: a construção social da memória do Rollas - Júlio Mourão Arruda - Dezembro de 2003.
Cidades vizinhas:
Coordenadas:   22°55'41"S   43°39'53"W
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Comentários

  • Baile do Vilar Carioca!!!!!!!! O melhor do rio!!!!!!!
  • Gostaria de saber pq se chama Rolas. Alguém sabe? Tem alguma relação com o Joaquin Rolla?
  • Num sei
  • História da Comunidade: A FAZENDA DE JOSÉ MARIA RÔLAS E A ORIGEM DA COMUNIDADE Conforme a imagem, segue reportagem do Jornal do Brasil de 07/05/1967. ********************************************************* Mais de 300 já invadiram uma fazenda arruinada em Santa Cruz. Mais de 300 pessoas, entre lavradores, desempregados, flagelados, trabalhadores pobres e uma minoria que possui algum recurso financeiro, já invadiram f fazenda de propriedade do português José Maria Rôlas, em Santa Cruz, organizando loteamentos e lavouras por conta própria. Algumas famílias farão colheitas dentro dos próximos 50 dias. Segundo alguns moradores da região, a fazenda do Sr. José Maria Rôlas está em estado de semi-abandono há mais de 10 anos, não havendo nela nenhuma espécie de culto, nem demarcações de limites. Isso e o boato de que as terras pertencem à União foram os principais motivos da invasão. INVASÕES Os primeiros invasores surgiram há mais de seis meses, segundo o vigia da fazenda, Sr. Nabor João Braga, contratado pelo Sr. José Maria Rôlas há pouco mais de uma semana quando o processo de invasão se intensificou mais. Nos últimos dias mais de 50 pessoas surgiram na fazenda, organizando loteamentos por conta própria e iniciando a construção de barracos, fincando ao longo das faixas escolhidas varas ligadas entre si por fios de barbantes ou arames como ponto de demarcação. O vigia da Fazenda disse ao JORNAL DO BRASIL que vem tentando convencer os invasores a abandonar as terras sem que obtenha resultados mesmo quando adverte que a Polícia poderá interferir a favor do proprietário. A casa da fazenda, que há anos não é habitada, está em ruínas. Segundo se soube, o Sr. José Maria Rôlas obteve as terras em Santa Cruz em maio de 1928 do diretor de Patrimônio Nacional, por aforamento. A extinta SUPRA, entretanto por concessão da própria União, obteve há alguns anos direitos sobre as terras, tendo o senhor José Maria Rôlas iniciado o processo na 2ª Vara da Fazenda Federal, recorrendo contra a medida A existência de tal processo em andamento com a extinção da SUPRA e sua substituição pelo IBRA, teria originado o boato de que as terras não tem dono e, consequentemente, provocado a invasão. Um antigo morador de Santa Cruz afirmou entretanto que a invasão estaria Rôlas, revelou “ter aderido à causa primário que estaria com isso “tentando fazer com que IBRA desapropriasse suas terras, independente do processo existente na 2ª Vara da Fazenda Federal. O vigia Nabor João Braga desmentiu indiretamente a hipótese, ao revelar que tem ordens do proprietário das terras para inclusive derrubar barracos e usar da violência, caso haja resistência por parte dos invasores. Por outro lado, o Sr Antonio Coelho, ex-vigia do da fazenda do senhor José Maria Rôlas, revelou “ter aderido à causa dos invasores por chegar a conclusão de que é injusto o proprietário não cultiva-las ou conserva-las, apenas para usufruir de sua valorização”. O ex-vigia que foi contratado logo que surgiram, há seis meses os primeiros invasores, continua morando num dos cômodos da casa grande da fazenda, porque segundo declarou, “não recebeu na íntegra os vencimentos a que teria direito. _ Aceitei ser vigia mediante a promessa de que receberia mensalmente um salário e meio, além de um jipe para percorrer as terras e impedi, com mais segurança sua invasão. Mas o Sr. José Maria Rôlas só me pagou NCr$ 90,00 (noventa mil cruzeiros antigos) e não me deu o veículo. Entrei com recurso na Justiça e só sairei daqui quando receber o que tenho direito. Entre os invasores está o lavrador Manuel Dutra de Sousa que há seis meses foi para lá, demarcou de modo rude um trecho das terras, plantou lavouras de milho, feijão, organizou hortas e em breve fará a sua primeira colheita. _ Cheguei aqui por acaso, sem nenhuma outra intenção senão a de encontrar, entre vegetação aqui existente, um arbusto cujas folhas fervidas servem como medicamento contra febre e outros males. Quando procurava o arbusto, o Sr. Manuel Dutra se encontrou com diversas famílias que roçavam uma capoeira, e, ao perguntar porque trabalhavam ali, recebeu a resposta que, “pertencendo a União, aquelas terras podiam ser cultivadas por qualquer um”. Fonte: memoria.bn.br Link: https://www.facebook.com/AntigoSantaCruz/posts/1870147233041613/
Este artigo foi modificado pela última vez 3 anos atrás