Moinho Fluminense (Rio de Janeiro)

 place with historical importance, historical building

Em 25 de agosto de 1887 um decreto assinado pela Princesa Isabel autorizou o funcionamento da empresa Moinho Fluminense, antiga empresa Bunge. Instalada na cidade do Rio de Janeiro, na época, capital do Brasil, o objetivo da empresa era moer trigo e outros cereais.

Durante décadas, o Moinho Fluminense foi de grande importância para o Rio de Janeiro. Hoje, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Moinho carrega um passado que se confunde com a própria história da cidade e do Brasil, já que suas instalações foram cenário de grandes acontecimentos.

A eclosão da Revolta Armada de 1893, por exemplo, levou Rui Barbosa - primeiro Ministro da Fazenda da era Republicana - a buscar refúgio dentro do Moinho Fluminense, com ajuda do seu amigo Carlos Gianelli, então proprietário do Moinho.

Quatro anos depois, o espaço voltou a ser palco de conflitos políticos, quando soldados provenientes da campanha de Canudos instalaram-se nas proximidades do Ministério do Exército, no Morro da Providência, ao lado das instalações. Ali, existia uma planta conhecida como “faveleira”, o que, segundo historiadores, levou à denominação do morro com casas precárias de “favela”, a primeira do Brasil.

Outro fato importante da história foi a Revolta da Vacina, em 1904, quando a população montou barricadas na frente do Moinho contra a vacinação obrigatória, instituída pelo então diretor-geral de saúde pública, o médico Oswaldo Cruz. O Bairro da Saúde foi um dos palcos destes protestos.

Em 1987, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), reconhecendo a importância histórica e econômica do Moinho Fluminense, emitiu um carimbo especial comemorando os 100 anos da empresa.