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Teatro Amazonas (Manaus)

Brazil / Amazonas / Manaus
 opera (en), teatro

A história do Teatro Amazonas inicia-se em 1881, quando o Deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade de Manaus. A proposta foi aprovada pela Assembleia Provincial do Amazonas e começaram as discussões a respeito da construção do prédio. Manaus, que vivia o auge do Ciclo da Borracha, era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias europeias e americanas. Destacam-se os ornamentos sobre as colunas do pavimento térreo, com máscaras em homenagem a dramaturgos e compositores clássicos famosos, como Ésquilo, Aristóphane, Moliére, Carlos Gomes, Rossini, Mozart, Verdi, Chopin e outros. Sobre o teto abobadado estão afixadas quatro telas pintadas em Paris pela Casa Carpezot - a mais tradicional da época -, onde são retratadas alegorias à música, dança, tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes. Do centro, pende um lustre dourado com cristais, importado de Veneza, que desce até o nível das cadeiras para a realização de sua manutenção e limpeza. Destaca-se ainda na sala de espetáculos a pintura do pano de boca do palco, de autoria de Crispim do Amaral, que faz referência ao encontro das águas dos Rios Negro e Solimões. A cidade necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos estrangeiras e a construção do teatro, portanto, era uma exigência da época. O projeto arquitetônico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Architetura de Lisboa, em 1883. No entanto, em meio às discussões a respeito do local para a edificação e os custos da obra, a pedra fundamental só foi lançada em 1884. As obras transcorreram de forma lenta e somente no governo de Eduardo Ribeiro, no apogeu do Ciclo da Borracha, a construção tomou impulso. Foram trazidos arquitetos, construtores, pintores e escultores da Europa para a realização da obra. A decoração interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção do Salão Nobre, área mais luxuosa do prédio, entregue ao artista italiano Domenico de Angelis. O teatro possui toda uma diversidade de ambientes concebidos com diferentes materiais, daí ser considerado um espaço sobremaneira eclético. É sem dúvida o mais importante prédio da cidade, não somente pelo seu inestimável valor arquitetônico, mas principalmente pela sua importância histórica, uma prova viva da prosperidade e riqueza vividos na fase áurea da borracha. Hoje, o Teatro Amazonas volta à cena cultural e promove apresentações com as recém-criadas Companhia de Dança, Coral e Orquestra Filarmônica do Amazonas. O teatro é referência para espetáculos regionais, nacionais e internacionais. A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 685 pessoas, distribuídas entre a plateia e os três andares de camarotes. No Salão Nobre, com características barrocas, destaca-se a pintura do teto, denominada "A Glorificação das Bellas Artes na Amazônia", de 1899, de autoria de Domenico de Angelis.

Créditos: Acervo Manaustur
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Coordenadas:   3°7'48"S   60°1'24"W
Este artigo foi modificado pela última vez 11 anos atrás