Regimento de Infantaria N.º 15 (RI15) (Tomar)
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militar, quartel
O Regimento de Infantaria N.º 15 (RI15) é uma unidade da Estrutura Base do Exército, aquartelada em Tomar, atualmente com o encargo operacional de organizar, treinar e manter o 1.º Batalhão de Infantaria Paraquedista (1.º BIPara) da Brigada de Reação Rápida.
O RI15 é uma das tais tradicionais unidades militares de Portugal e é a mais condecorada do Exército Português.
Os Terços
No início do seu reinado, D. João V, tratou de melhorar as condições do exército e promulgou "Novas ordenanças", que trouxeram às nossas instituições militares os aperfeiçoamentos mais notáveis da época. Os "Terços" nome dado às unidades de Infantaria desde que após a Revolução de 1640, se constituiu o primeiro Exército Permanente de Portugal, foram substituídos pelos Regimentos, que se compunham então de 12 Companhias.
2º Regimento de Olivença
O Regimento de Infantaria 15, herdeiro, portanto do 2º Regimento de Olivença, foi sempre uma Unidade distinta e de valorosas tradições. Em Junho de 1807, o General francês Andoche Junot, entra em Lisboa. Seguindo os conselhos de Napoleão, de que não deveriam ser dadas hipóteses para os Portugueses se organizarem, Junot tentou desarmar a Nação, reduzindo o número de efectivos do Exército Português, entre outros processos utilizados. Tal como havia sido dito por Napoleão: "La Nation Portugaise est brave".
A Legião Portuguesa
Com alguns dos nossos melhores militares, Junot formou a "Legião Portuguesa" e um batalhão de caçadores com os homens do 15. Os seus feitos notáveis em Wagram, Smolensko, Moscovo e no Berezina mereceram os maiores elogios de Napoleão.
As inúmeras batalhas
Depois da 1ª invasão francesa o RI 15 foi reorganizado e enviado para Vila Viçosa. Mais tarde foi mandado guarnecer a linha do Tejo entre Tomar e Torres Novas de outra possível invasão francesa. Posteriormente foi enviado para Castelo Branco e depois para Lamego, onde mereceu os maiores elogios do General "Sir William Car Beresford", a quem estava entregue o comando do exército português.
O RI 15 permaneceu, então, durante algum tempo em Braga e foi de novo mandado guarnecer a linha do Tejo.
Durante a Guerra Peninsular, que se seguiu à invasão francesa, o RI 15 tomou parte em diversas batalhas. A mais notável de entre elas foi a de Badajoz, pela coragem demonstrada pelas tropas. O RI 15 era então comandado pelo Coronel Barreto, cognominado de "O Bravo" pelo General Beresford.
Na renhida batalha de Victória, que obrigou os franceses a abandonarem definitivamente o território da Península as Tropas Portuguesas, distinguiram-se tão extraordinariamente que Beresford pediu ao Príncipe Regente, uma distinção especial para alguns Regimentos, entre os quais figura o RI 15.
Com a tomada de San Sebastian, travou-se uma das acções mais sanguinolentas da Guerra Peninsular. Após várias tentativas frustadas para conquistar a cidade, o General Barreto tomou a BANDEIRA DO 15 nas mãos e clamou para o antigo Regimento:
– "Soldados! Pertence agora ao vosso comandante morrer nesta praça."
E assim se expulsou definitivamente o exército francês da Península Ibérica.
A Bandeira do 15
A Bandeira do Regimento ostenta os nomes e datas destas batalhas, bordadas a ouro em comemoração destes feitos.
Mas as virtudes dos soldados portugueses não se mostravam só no campo de batalha, durante a refrega.
Tal como afirmara um jornal francês da época:
– "Os filhos do Tejo tinham também injúrias por vingar, represálias que fazer e, não obstante isso eles nos mostram jamais senão sentimentos fraternais."
É justo, pois, que se diga e repita por toda a parte, que depois de haverem no campo de batalha, rivalizado em valor com os valorosos soldados de Willington, rivalizam igualmente os portugueses, no meio dos mesmos, em bravura, afabilidade e amigável comportamento.
Após a Guerra Peninsular o Regimento ficou aquartelado em Braga e foi mais tarde transferido para Guimarães. Em Junho de 1877, destacou o seu primeiro batalhão para o Brasil onde tomou parte no "Movimento Liberal" do Rio de Janeiro.
De novo em Portugal, teve papel activo nas lutas liberais, sendo elogiado pela sua leal conduta com o legítimo soberano e com as instituições liberais por ele outorgadas.
Posteriormente tomou parte nas campanhas da Liberdade, na defesa das ideias liberais, tendo recebido várias condecorações, pela maneira como se distinguiu nos diferentes combates e acções. Entre 1834 e 1901 o RI 15 foi dissolvido e reorganizado por diversas vezes, ora em Estremoz, ora em Lagos, em Évora ou em Faro.
Em 1901 foi transferido para Tomar. Já no século XX, o RI 15, participou na primeira Guerra Mundial e o seu batalhão expedicionário distinguiu-se pela sua bravura e coragem nas batalhas de 14 de Agosto de 1917 e 7 de Março de 1918, sobretudo na famosa batalha de La Lys a 9 de Abril de 1918.
A Bandeira do 15, tornou-se a mais condecorada do Exército Português e o seu Corpo Expedicionário teve a honra de passar a formar à direita de todas as forças em parada.
Em 1926 o RI 15 foi transferido para Lagos, mas em 1939 estabeleceu-se de novo e definitivamente em Tomar.
Em 1941 destacou um batalhão para Cabo Verde em missão de soberania, onde se manteve com o brio de sempre, até ao seu regresso em 1944.
Entre 1961 e 1974, foi uma das principais unidades mobilizadoras de tropas para a Guiné, Angola e Moçambique, tendo nesse período, as suas Unidades expedicionárias sofrido 637 mortos em combate.
O Regimento
Em 1964, deixou o velho Convento de S. Francisco e instalou a sua sede no actual Quartel.
Em 14 de Março de 1966, o Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil atribui à Bandeira do RI 15 as insígnias da Ordem de Mérito Militar daquele País.
Após o 25 de Abril de 1974, manteve-se sempre exemplo de estabilidade, isenção e intransigente apartidarismo, facto que lhe valeu honroso louvor concedido em 19 de Maio de 1976, pelo Comandante da Região Militar do Centro.
O RI15 é uma das tais tradicionais unidades militares de Portugal e é a mais condecorada do Exército Português.
Os Terços
No início do seu reinado, D. João V, tratou de melhorar as condições do exército e promulgou "Novas ordenanças", que trouxeram às nossas instituições militares os aperfeiçoamentos mais notáveis da época. Os "Terços" nome dado às unidades de Infantaria desde que após a Revolução de 1640, se constituiu o primeiro Exército Permanente de Portugal, foram substituídos pelos Regimentos, que se compunham então de 12 Companhias.
2º Regimento de Olivença
O Regimento de Infantaria 15, herdeiro, portanto do 2º Regimento de Olivença, foi sempre uma Unidade distinta e de valorosas tradições. Em Junho de 1807, o General francês Andoche Junot, entra em Lisboa. Seguindo os conselhos de Napoleão, de que não deveriam ser dadas hipóteses para os Portugueses se organizarem, Junot tentou desarmar a Nação, reduzindo o número de efectivos do Exército Português, entre outros processos utilizados. Tal como havia sido dito por Napoleão: "La Nation Portugaise est brave".
A Legião Portuguesa
Com alguns dos nossos melhores militares, Junot formou a "Legião Portuguesa" e um batalhão de caçadores com os homens do 15. Os seus feitos notáveis em Wagram, Smolensko, Moscovo e no Berezina mereceram os maiores elogios de Napoleão.
As inúmeras batalhas
Depois da 1ª invasão francesa o RI 15 foi reorganizado e enviado para Vila Viçosa. Mais tarde foi mandado guarnecer a linha do Tejo entre Tomar e Torres Novas de outra possível invasão francesa. Posteriormente foi enviado para Castelo Branco e depois para Lamego, onde mereceu os maiores elogios do General "Sir William Car Beresford", a quem estava entregue o comando do exército português.
O RI 15 permaneceu, então, durante algum tempo em Braga e foi de novo mandado guarnecer a linha do Tejo.
Durante a Guerra Peninsular, que se seguiu à invasão francesa, o RI 15 tomou parte em diversas batalhas. A mais notável de entre elas foi a de Badajoz, pela coragem demonstrada pelas tropas. O RI 15 era então comandado pelo Coronel Barreto, cognominado de "O Bravo" pelo General Beresford.
Na renhida batalha de Victória, que obrigou os franceses a abandonarem definitivamente o território da Península as Tropas Portuguesas, distinguiram-se tão extraordinariamente que Beresford pediu ao Príncipe Regente, uma distinção especial para alguns Regimentos, entre os quais figura o RI 15.
Com a tomada de San Sebastian, travou-se uma das acções mais sanguinolentas da Guerra Peninsular. Após várias tentativas frustadas para conquistar a cidade, o General Barreto tomou a BANDEIRA DO 15 nas mãos e clamou para o antigo Regimento:
– "Soldados! Pertence agora ao vosso comandante morrer nesta praça."
E assim se expulsou definitivamente o exército francês da Península Ibérica.
A Bandeira do 15
A Bandeira do Regimento ostenta os nomes e datas destas batalhas, bordadas a ouro em comemoração destes feitos.
Mas as virtudes dos soldados portugueses não se mostravam só no campo de batalha, durante a refrega.
Tal como afirmara um jornal francês da época:
– "Os filhos do Tejo tinham também injúrias por vingar, represálias que fazer e, não obstante isso eles nos mostram jamais senão sentimentos fraternais."
É justo, pois, que se diga e repita por toda a parte, que depois de haverem no campo de batalha, rivalizado em valor com os valorosos soldados de Willington, rivalizam igualmente os portugueses, no meio dos mesmos, em bravura, afabilidade e amigável comportamento.
Após a Guerra Peninsular o Regimento ficou aquartelado em Braga e foi mais tarde transferido para Guimarães. Em Junho de 1877, destacou o seu primeiro batalhão para o Brasil onde tomou parte no "Movimento Liberal" do Rio de Janeiro.
De novo em Portugal, teve papel activo nas lutas liberais, sendo elogiado pela sua leal conduta com o legítimo soberano e com as instituições liberais por ele outorgadas.
Posteriormente tomou parte nas campanhas da Liberdade, na defesa das ideias liberais, tendo recebido várias condecorações, pela maneira como se distinguiu nos diferentes combates e acções. Entre 1834 e 1901 o RI 15 foi dissolvido e reorganizado por diversas vezes, ora em Estremoz, ora em Lagos, em Évora ou em Faro.
Em 1901 foi transferido para Tomar. Já no século XX, o RI 15, participou na primeira Guerra Mundial e o seu batalhão expedicionário distinguiu-se pela sua bravura e coragem nas batalhas de 14 de Agosto de 1917 e 7 de Março de 1918, sobretudo na famosa batalha de La Lys a 9 de Abril de 1918.
A Bandeira do 15, tornou-se a mais condecorada do Exército Português e o seu Corpo Expedicionário teve a honra de passar a formar à direita de todas as forças em parada.
Em 1926 o RI 15 foi transferido para Lagos, mas em 1939 estabeleceu-se de novo e definitivamente em Tomar.
Em 1941 destacou um batalhão para Cabo Verde em missão de soberania, onde se manteve com o brio de sempre, até ao seu regresso em 1944.
Entre 1961 e 1974, foi uma das principais unidades mobilizadoras de tropas para a Guiné, Angola e Moçambique, tendo nesse período, as suas Unidades expedicionárias sofrido 637 mortos em combate.
O Regimento
Em 1964, deixou o velho Convento de S. Francisco e instalou a sua sede no actual Quartel.
Em 14 de Março de 1966, o Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil atribui à Bandeira do RI 15 as insígnias da Ordem de Mérito Militar daquele País.
Após o 25 de Abril de 1974, manteve-se sempre exemplo de estabilidade, isenção e intransigente apartidarismo, facto que lhe valeu honroso louvor concedido em 19 de Maio de 1976, pelo Comandante da Região Militar do Centro.
Artigo da Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Regimento_de_Infantaria_N.º_15
Cidades vizinhas:
Coordenadas: 39°36'43"N 8°23'51"W
- RARET - Rádio Europa Livre 67 km
- CFMTFA 76 km
- Perímetro Exterior da Raret 79 km
- Campo de Tiro de Alcochete 101 km
- Base Aérea do Montijo 113 km
- Alfeite 123 km
- Mata do Alfeite 124 km
- NATO Fernao Ferro 133 km
- Aeródromo de Manobra N.º 1 (AM1) 148 km
- Base Aérea de Beja 173 km
- Quinta da Anunciada 2.2 km
- Mata dos Sete Montes 2.4 km
- Albufeira da Barragem do Carril 3.7 km
- Pero Calvo 5.5 km
- Serra (de Tomar) 8.2 km
- Barreiras 9 km
- Linhaceira 10 km
- Castelo de Bode Parque 11 km
- MONTES 12 km
- Albufeira da Barragem de Castelo de Bode 13 km
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