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Sumidouro | cidade, município

Brazil / Rio de Janeiro / Nova Friburgo /
 cidade, município

Sumidouro é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a 22º02'59" de latitude sul e 42º40'29" de longitude oeste, a 355 metros de altitude. Possui 14.562 habitantes (2007), e ocupa uma área de 395,213 km², subdividida em quatro distritos: Sumidouro (sede), Campinas, Dona Mariana e Soledade.

O município é vizinho a Nova Friburgo, Teresópolis, Carmo, Sapucaia e Duas Barras.


Turismo
Em Sumidouro localiza-se a Cascata Conde d'Eu, próxima a Dona Mariana, considerada a maior cachoeira do estado do Rio de Janeiro, com 127 metros de queda.

Como atração turística, entre Dona Mariana e o povoado de Murinelli, conta com trilha que percorre um extinto ramal da Estrada de Ferro Leopoldina, hoje sem os trilhos, passando por três túneis. Neste ponto, é possível observar a cachoeira e uma fazenda dos tempos do café. Tal ramal ligava Nova Friburgo a Porto Novo, atual Além Paraíba.


22° 03' 00" S 42° 40' 30" O22° 03' 00" S 42° 40' 30" O
Estado Rio de Janeiro
Mesorregião Centro Fluminense
Microrregião Nova Friburgo
Região metropolitana
Municípios limítrofes Carmo, Duas Barras, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia e Teresópolis
Distância até a capital 174 quilômetros
Características geográficas
Área 395,213 km²
População 14.562 hab. cont. IBGE/2007
Densidade 36,8 hab./km²
Altitude 355 metros
Clima Tropical de Altitude Cwa
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,712 (87º) médio PNUD/2000
PIB R$ 126.714 mil IBGE/2005
PIB per capita R$ 8.849,00 IBGE/2005

Muitas Versões e Raras Fontes Históricas



A citação tradicionalmente difundida, relacionada às origens de Sumidouro, é a que menciona a construção de uma capela, em 1822, destinada ao culto de Nossa Senhora da Conceição, à margem direita do Paquequer e próxima a um grande sumidouro de águas.... (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, Rio, 1959).

Sobre a origem de Sumidouro, há muito poucas pesquisas e estudos sobre as fontes históricas conhecidas. Um trabalho de pesquisa que citou muitas fontes conhecidas é a publicação da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, alusiva ao Centenário da Emancipação Político-Administrativa do Município (1990), sob título “Sumidouro”, de Luiz Henrique da Silva.

Outro trabalho que merece ser registrado é a pesquisa “Memória Social sobre Saúde e Ambiente” atualmente realizada em Sumidouro, que teve início com a participação do pesquisador Eduardo Stotz no projeto de controle da esquistossomose desenvolvido em alguns bairros do município, sob a coordenação de Marisa Soares, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz. Tal projeto se desenvolve com apoios de instituições e pessoas do local e de fora do Município.

Visite o site www.falasumidouro.com e saiba tudo sobre o projeto “Memória Social sobre Saúde e Ambiente”, seu histórico, seus parceiros, as fotos incríveis e entrevistas admiráveis.



Ouro, Café e Escravidão: Sociedades de Grande Riqueza e Poucos Benefícios para a Coletividade



Por volta do final do século XVIII, a região hoje ocupada pelo Município de Sumidouro, teria surgido como rota alternativa para o escoamento de ouro e pedras preciosas, das Minas Gerais para a Corte, como uma forma de fugir do fisco português. Este seria, segundo a versão, o marco inicial da ocupação desta região.

Devido à localização estratégica de Sumidouro na rota clandestina do “ouro ilegal”, tal versão pode ser relacionada a uma fonte histórica na qual a origem de Sumidouro remonta a 1786, quando descreve a instalação de um Posto Militar no local. É mais provável que uma Diligência Militar tenha se instalado, não para “trazer tranqüilidade para o povoado”, mas sim para estabelecer o controle por parte das autoridades da Corte.

Paralelamente ao declínio da exploração das lavras de ouro das Minas Gerais, o cultivo do café vai se impondo como uma alternativa econômica. O povoamento da região que hoje pertence ao município de Sumidouro, após ter sua origem ligada ao “Ciclo do Ouro”, vai ter seu crescimento econômico relacionado à expansão cafeeira em meados do século XVIII, outrora denominada de “Ciclo do Café”.

É exatamente nesse período, quando a vila é elevada à Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer, que a região atinge o auge da produção cafeeira, atividade que substituiu o tráfico clandestino de ouro, com a decadência das Minas Gerais. Inúmeras fazendas foram estabelecidas, prosperando à custa da mão de obra escrava. A localidade de Sumidouro estava integrada economicamente à região de Cantagalo, pólo da produção cafeeira em conjunto com o Vale do Paraíba.

Essa fase áurea entra em declínio com a abolição da escravatura, em 1888. A produção cafeeira do Vale do Paraíba, que estava calcada nesse tipo de mão-de-obra, começa a decair, perdendo o lugar de destaque para outras regiões produtoras, como as regiões norte e oeste do Estado de São Paulo, cuja produção se destacava pela mão-de-obra imigrante.


No entanto, particularmente em Sumidouro e adjacências, a chegada da Estrada de Ferro vai imprimir uma sobrevida à prosperidade econômica local, pois vai representar condições mais favoráveis aos produtores agrícolas. É neste contexto que, um ano depois, se dá a emancipação político-administrativa do Município, em 10 de junho de 1890.



A Origem do Nome da Cidade



“Sumidouro”, entre outras definições, significa um curso subterrâneo de um rio através de rocha calcária. O nome “Sumidouro” tem sua origem relacionada a um acidente geográfico semelhante, bem pouco comum, que chamou a atenção de muitos viajantes que acompanharam o rio Paquequer rumo às Minas Gerais ou inversamente, rumo à Corte do Rio de Janeiro, desde fins do século XVIII. Tão significativo era o acidente que chegou a suplantar, na prática do uso, o antigo nome de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer e passou definitivamente a nomear a região.

Segundo relatos, este raro e exótico acidente natural era objeto de atenção de muitos visitantes locais e de outras regiões, de forma a merecer até uma parada de trem. Momento em que as pessoas aproveitavam a laje sobre o Paquequer e o prazeroso cenário natural a sua volta, para raros momentos de convívio familiar e laser (foto).

Em meados da década de 40, uma grande enchente no rio Paquequer, provocou a obstrução do fluxo das águas por aquela via subterrânea.



De Vila à Curato, de Freguesia à Município.

Segundo a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, Rio, 1959, um dos primeiros registros da origem de Sumidouro data de 1822, quando uma vila teria se formado a partir da construção de uma capela destinada ao culto de Nossa Senhora da Conceição, à margem direita do Paquequer e próxima a um grande sumidouro de águas...

Em 1836, a pequena vila ganha o status de Curato, a partir da presença permanente de um padre no local, e é submetida à administração de Cantagalo até 1843. Neste ano é elevada à condição de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer, e passa a ser submetida ao município de Nova Friburgo.

Em 1881, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer é submetida administrativamente ao município do Carmo.

E finalmente, em 10 de junho de 1890, ocorre a emancipação político-administrativa de Sumidouro à condição de Município, alguns meses após a Proclamação da República, por decreto do Dr. Francisco Portella, governador do Estado do Rio de Janeiro.

Chega a Estrada de Ferro: algumas coisas mudam, outras permanecem...

Apesar dos empreendimentos para a sua construção ter se iniciado em meados do século XIX, a conclusão deste ramal só se deu em outubro de 1889, um ano depois da Abolição da escravidão e um mês antes da Proclamação da República.

Constituía um ramal da Estrada de Ferro Leopoldina, a partir de Porto Novo do Cunha em direção a Nova Friburgo, passando por Sumidouro, até encontrar-se com o ramal de Cantagalo, na Estação de Conselheiro Paulino, trazendo melhores condições de escoamento, principalmente da produção cafeeira.

Com a chegada do trem, novas atividades passam a se fazer presentes no dia-a-dia dos sumidourenses. Alguns lugares vão se moldando ao seu apito, ao seu compasso. Maquinistas, feitores, foguistas, telegrafistas, encarregados e auxiliares de manutenção, um expressivo contingente de pessoal especializado vão, aos poucos, se agregando à população local. Viajantes, mascates, carvoeiros, lenhadores, carregadores, quituteiras e outros prestadores de serviço, de presença eventual ou permanente, vão se juntando a este contingente. Uma nova mentalidade vem povoar cabeças, impor costumes, expandir horizontes.



A Estrada de Estrada de Ferro chega. Com ela, novos costumes, novas maneiras de ver o mundo. Traz mais riqueza e opulência para a sociedade cafeeira. No entanto, mais uma vez o povo fica à margem do processo de desenvolvimento econômico.

Da crise do Café à Expansão das Lavouras de Hortaliças e Leguminosas

Já no início do século XX, a economia local, baseada na produção cafeeira, encontra seus limites com a crise que assola o maior comprador do café brasileiro: os estados Unidos da América, em função da “quebra” da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. Chega-se, assim, ao fim do chamado “Ciclo do Café” em todo o Brasil.

A partir daí, Sumidouro entra em um longo período de decadência econômica, situação esta que somente começará a ser revertida com a introdução, mais recente, de um novo modelo de produção agrícola baseado principalmente na olericultura (lavouras de hortaliças e de legumes).


Contribuíram para este novo modelo alguns aspectos próprios, tais como: a expansão das lavouras em terras até então preservadas; a distribuição da maioria da população na zona rural (84%), conhecidas como “terras frias”; a predominância da pequena propriedade e a mão-de-obra familiar.

Tais aspectos deste modelo agrícola ainda vêm possibilitando bons níveis de produção e produtividade. Contudo, para que perdure esta realidade, evidencia-se uma necessidade urgente de medidas de preservação ambiental.

Do contrário, é certo que virá o dia em que os filhos da terra deverão pagar pelos erros da atual geração, que, na ânsia por melhores níveis de renda, desprezam as graves implicações ambientais da não preservação do solo, das matas e das nascentes, bem como do uso indiscriminado de agrotóxicos.

Fonte:

"Pró Memória", da S.M.E.C. de Sumidouro


www.sumidouro.rj.gov.br/
Cidades vizinhas:
Coordenadas:   22°7'7"S   42°39'28"W
  •  8.3 km
  •  32 km
  •  41 km
  •  75 km
  •  98 km
  •  134 km
  •  158 km
  •  222 km
  •  246 km
  •  268 km
Este artigo foi modificado pela última vez 13 anos atrás