Inselberg Pumbala "Pedra do Elefante"
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colina, morro, serra
Pumbala “inselberg” de granito ( elevações que sobressaem do planalto como se fosse uma mama) com cerca de 100m
História dos povos da região do planalto da Ganda.
Ali, entre as serranias do Epale, Hondio a Leste o vale do Catumbela junto às comunas de Alto Catumbela e Babaera a Norte, a Serra da Chimboa a Oeste e a bacia hidrográfica do Cubal da Hanha a Sul, a população espraia-se em pequenos quimbos. Enquadram-se no grupo dos Ovimbundo, e designam-se por M’gandas. Como noutros Bantu, as comunidades distinguem-se umas das outras por se agruparem politicamente a uma linhagem,
As bibliotecas vivas (os sekulos) não sabem quantas gerações passaram desde que ali se instalaram ( os estudos mais refinados sobre a tradição oral, permitem chegar a cerca de 400 anos atrás) pelo que a investigação sobre história local tenha que se rodear de uma série de técnicas para descodificar os sinais do tempo dados pela oralidade. Posto que ele, o tempo, não tem o mesmo significado e duração, como entre nós. Por exemplo: quando falam: “Ame onekulo sekulo Cahanla” ( eu sou neto do avô Cahanla) não sabemos se o sujeito referido na frase é o seu avô, ou bisavô, tetravô, ou por aí a fora…. O tal caála ou cahanla pode ter morrido num período de tempo: 100, 200, ou 20 anos. Porém… todos eles dizem que o tal soba veio de outro sítio, sejam eles M'gandas ou Bailundos ou Seles e se fixou com a sua gente, ali .
"Como dizem os angolanos “através” da guerra) os M’gandas chegaram por altura do séc. XVII à região e que esta era ocupada pelos M’Dombes e pelos Vassekeles ( ou mukankalas). Localização das estações Quitavava e Pumbala na carta militar.
Aqueles, pressionados pelas invasões dos Jagas, segundo uns, pelos Portugueses comandados pelo governador Bento Banha Cardoso e os seus capitães do mato no início do Séc. XVII (1611), fizeram deslocar os povos que habitavam o planalto da Quibala, da Cela para Sul, vindo a atravessar o rio Catumbela e instalando-se nas duas margens. Um grupo deslocou-se mais para o planalto abrigado da Ganda.
Os historiadores Childs, e Hauenstein por outro lado, evidenciam que dentro dos Ovimbundo, os M’Gandas e os Hanha chegaram ao Alto Catumbela, Babaera e por aí a fora, no início do séc. XVII, vindo de Nordeste, fixando-se os Hanha a sudoeste da Ganda ( Cubal da Hanha) e os M’Ganda no local onde os conhecemos, embora nada nos digam se vieram de Leste ou do Norte.
A região foi palco de grandes “macas” entre os clãs Ovimbundo ( Huambos, Negolas de Caconda, Hanha, Balombos…) e entre estes e os: Ganguelas, Jagas ( os célebres jagas de Caconda a Velha conhecidos dos portugueses) Nyanecas de Quilengues e da Huíla.
Essas guerras são provadas pela fortíssima necessidade de fortificar as povoações, ao ponto de permanecerem em zonas quase inacessíveis como a Serra do Hondio é possível visitar e verificar a complexidade das construções, e as cidadelas fortificadas da Quitavava ( Pedreira) e a Pumbala ( Pedra do Elefante).
Essas construções e os objectos neles encontrados, provam um grau de tecnologia avançado idênticas às grandes construções da Zâmbia e Zimbabué
A Quitavava e Pumbala, são dois “inselberg” de granito ( elevações que sobressaem do planalto como se fosse uma mama) com cerca de 100m no primeiro caso e no segundo uns 300 em relação ao solo, situados de cada lado do rio Catumbela. No topo foram construídas cerca de 500 cubatas em média no primeiro caso e nos locais de mais fácil acesso foram construídos alguns panos de muralha com pedra vã aparelhada que serviam de sustentação das terras e teriam provavelmente uma paliçada.
No primeiro dos montes foi feito um trabalho de escavação de duas cabanas e foi feito o levantamento preliminar de outras, em toda a sua extensão. No segundo apenas uma prospecção com recolha de artefactos para contextualizar o estudo que a equipa a que pertencemos da Universidade de Luanda (Cursos de Letras do Lubango) realizou em Julho de 1973. Nela foram registados uma centena de alicerces de cubatas feitas em pedra, seguindo a mesma técnica do que na Quitavava.
História dos povos da região do planalto da Ganda.
Ali, entre as serranias do Epale, Hondio a Leste o vale do Catumbela junto às comunas de Alto Catumbela e Babaera a Norte, a Serra da Chimboa a Oeste e a bacia hidrográfica do Cubal da Hanha a Sul, a população espraia-se em pequenos quimbos. Enquadram-se no grupo dos Ovimbundo, e designam-se por M’gandas. Como noutros Bantu, as comunidades distinguem-se umas das outras por se agruparem politicamente a uma linhagem,
As bibliotecas vivas (os sekulos) não sabem quantas gerações passaram desde que ali se instalaram ( os estudos mais refinados sobre a tradição oral, permitem chegar a cerca de 400 anos atrás) pelo que a investigação sobre história local tenha que se rodear de uma série de técnicas para descodificar os sinais do tempo dados pela oralidade. Posto que ele, o tempo, não tem o mesmo significado e duração, como entre nós. Por exemplo: quando falam: “Ame onekulo sekulo Cahanla” ( eu sou neto do avô Cahanla) não sabemos se o sujeito referido na frase é o seu avô, ou bisavô, tetravô, ou por aí a fora…. O tal caála ou cahanla pode ter morrido num período de tempo: 100, 200, ou 20 anos. Porém… todos eles dizem que o tal soba veio de outro sítio, sejam eles M'gandas ou Bailundos ou Seles e se fixou com a sua gente, ali .
"Como dizem os angolanos “através” da guerra) os M’gandas chegaram por altura do séc. XVII à região e que esta era ocupada pelos M’Dombes e pelos Vassekeles ( ou mukankalas). Localização das estações Quitavava e Pumbala na carta militar.
Aqueles, pressionados pelas invasões dos Jagas, segundo uns, pelos Portugueses comandados pelo governador Bento Banha Cardoso e os seus capitães do mato no início do Séc. XVII (1611), fizeram deslocar os povos que habitavam o planalto da Quibala, da Cela para Sul, vindo a atravessar o rio Catumbela e instalando-se nas duas margens. Um grupo deslocou-se mais para o planalto abrigado da Ganda.
Os historiadores Childs, e Hauenstein por outro lado, evidenciam que dentro dos Ovimbundo, os M’Gandas e os Hanha chegaram ao Alto Catumbela, Babaera e por aí a fora, no início do séc. XVII, vindo de Nordeste, fixando-se os Hanha a sudoeste da Ganda ( Cubal da Hanha) e os M’Ganda no local onde os conhecemos, embora nada nos digam se vieram de Leste ou do Norte.
A região foi palco de grandes “macas” entre os clãs Ovimbundo ( Huambos, Negolas de Caconda, Hanha, Balombos…) e entre estes e os: Ganguelas, Jagas ( os célebres jagas de Caconda a Velha conhecidos dos portugueses) Nyanecas de Quilengues e da Huíla.
Essas guerras são provadas pela fortíssima necessidade de fortificar as povoações, ao ponto de permanecerem em zonas quase inacessíveis como a Serra do Hondio é possível visitar e verificar a complexidade das construções, e as cidadelas fortificadas da Quitavava ( Pedreira) e a Pumbala ( Pedra do Elefante).
Essas construções e os objectos neles encontrados, provam um grau de tecnologia avançado idênticas às grandes construções da Zâmbia e Zimbabué
A Quitavava e Pumbala, são dois “inselberg” de granito ( elevações que sobressaem do planalto como se fosse uma mama) com cerca de 100m no primeiro caso e no segundo uns 300 em relação ao solo, situados de cada lado do rio Catumbela. No topo foram construídas cerca de 500 cubatas em média no primeiro caso e nos locais de mais fácil acesso foram construídos alguns panos de muralha com pedra vã aparelhada que serviam de sustentação das terras e teriam provavelmente uma paliçada.
No primeiro dos montes foi feito um trabalho de escavação de duas cabanas e foi feito o levantamento preliminar de outras, em toda a sua extensão. No segundo apenas uma prospecção com recolha de artefactos para contextualizar o estudo que a equipa a que pertencemos da Universidade de Luanda (Cursos de Letras do Lubango) realizou em Julho de 1973. Nela foram registados uma centena de alicerces de cubatas feitas em pedra, seguindo a mesma técnica do que na Quitavava.
Cidades vizinhas:
Coordenadas: 12°53'55"S 14°45'49"E
- Morro do Gungue 38 km
- Morro 59 km
- Serra de Moco (Môco) 67 km
- Morro 70 km
- Morro 94 km
- Morro Sumi 101 km
- Morro 112 km
- Morro Gente 121 km
- Morro 210 km
- Serra 248 km
- CCUP (Fabrica de Papel) 4.5 km
- Inselberg Quitavava "Pedreira" 4.7 km
- Bairro 2 6.5 km
- Fazenda 35 km
- Albufeira da Barragem do Lomaum 41 km
- Morro Dois Irmãos 42 km
- Central Hidroelétrica do Lomaum 44 km
- Albufeira do Cubal do Hanha 51 km
- Barragem Rio Cubal 54 km
- Morro 58 km