Jaziga de Uranio

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Xisto uranífero de Nisa
Segundo documentos disponíveis a primeira fase da história do urânio em Portugal, começou em 1907 com a descoberta dos primeiros jazigos urano-radíferos.


Os jazigos de urânio tidos como mais importantes em Portugal, estão localizados na região central do País ( Províncias das Beiras), dispostos na parte ocidental do Maciço Hespérico, abrangendo a Cordilheira Central ( Serra da Estrela, Lousã, S. Pedro de Açor, Gardunha), e estendendo-se para poente até às Serras do Buçaco, Caramulo e Montemuro.


Os granitos monzoníticos, de duas micas, especialmente o de tipo porfiróide de grão grosseiro, são rochas dominantes na região, cobrindo cerca de 40% daquela área. Observam-se igualmente granodioritos, xistos argilosos, xistos grafitosos, xistos micáceos e quartzo-micáceos, micaxistos, xistos mosqueados e corneanas, grauvaques, gnaisses, migmatitos, quartzitos e rochas detríticas dos depósitos de cobertura, etc.
Além dos granitos, cuja idade hercínica é geralmente aceite, são sobretudo frequentes as manchas do Complexo xisto-grauváquico ante-Ordovícico, de contornos irregulares, principalmente as que se estendem da fronteira espanhola até ao Sabugal, Seia, Tondela e Albergaria-a-Velha.


Várias formações paleozóicas, com orientação NW-SE, mormente do Ordovícico, e numerosos depósitos Ceno-Antropozóicos representados principalmente pelas bacias de Nave de Haver, Seia, Mortágua, Arganil e outros menos desenvolvidos, completam o quadro geológico geral.
As rochas do Complexo xisto-grauváquico ante-ordovícico não são mais do que o testemunho de antiga formação cpontínua, depositasa no fundo do mar, que no infra-Câmbrico, ou mesmo no Câmbrico inferior, cobriu o ocidente da Península Hibérica e que, posteriormente ,esteve sujeita à influencia de diversos movimentos orogénicos.