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Santa Maria – a "Ilha Amarela"!

Santa Maria é a ilha situada mais a sul e a terceira mais pequena (18 Km de comprimento e cerca de 10Km de largura; superfície aproximada de 97 Km quadrados) do arquipélago dos Açores, pertence ao “grupo oriental” e situa-se a cerca de 85 Km a sul de São Miguel.

Caracterizada pela variedade de tons, a ilha de Santa Maria evoca uma aguarela, pelas suas belas cores, o verde dos seus pastos, o amarelo das suas colheitas, o ocre dos seus solos, flores de todas as cores, lindas casas brancas e o azul do fundo do oceano. Santa Maria oferece muitas baías profundas, pontilhadas por praias desertas paradisíacas de areia branca – consideradas as mais bonitas do arquipélago – assim como também paisagens encantadoras e relaxantes, onde reina a tranquilidade.

Ainda que resultante de uma actividade vulcânica, Santa Maria é a única ilha dos Açores com zonas de origem sedimentar, explicando assim, a presença de formações calcárias de fósseis marinhos (dos quais, um bom exemplo pode ser visto na baía de São Lourenço), prova das sucessivas fases de submersão e emersão desde o Mioceno. Tem um relevo acidentado, cujo ponto mais elevado é o Pico Alto (590 m), terreno este que se vai tornando plano à medida que nos encaminhamos em direcção à costa ocidental. Não existem caldeiras na ilha, a zona costeira é predominantemente abrupta, recortada por profundas baías e enseadas.

Desconhece-se a data exacta do descobrimento de Santa Maria, no entanto acredita-se que foi a primeira ilha do arquipélago a ser descoberta, pelos navegadores portugueses, entre 1427 e 1432. Um dado adquirido é que foi a primeira ilha a ser povoada por colonos portugueses, oriundos do Algarve, Alentejo e Beiras, em 1439. Graças à riqueza dos seus solos, a ilha prosperou rapidamente, o que levou ao aparecimento da Vila do Porto (na costa sudoeste), a primeira Vila a receber Foral nos Açores em 1472.

Durante os primeiros séculos após a colonização, a riqueza da ilha baseava-se principalmente no cultivo e exportação de cereais para Portugal continental e colónias portuguesas no Norte de África. Mais tarde toda a economia da ilha baseou-se na exportação de pastel e urzela para a Flandres, Espanha e Inglaterra até aos finais do século XVIII. A exportação de pastel durou até ao aparecimento do Indigo vindo da Índia e do Brasil, tornando-se um forte concorrente. O mesmo se passou em relação à urzela com a introdução de substâncias químicas. Nos nossos dias, a ilha conta com aproximadamente 5.600 habitantes que fazem da criação de gado, pesca e agricultura a sua principal actividade, sendo a vinha, milho, batatas e cereais as principais produções. Como actividade secundária encontrámos a produção de cerâmica.

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