Glaura (Ouro Preto)

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Glaura é chamada também de Casa Branca, situada a 26 km de Ouro Preto. É um dos mais antigos distritos. Sendo ponto fundamental de passagem dos bandeirantes. Uma prova deste fato é um chafariz histórico de Dom Rodrigo local em que foi construída uma fonte de água em 1782 por ordem do então governador e capitão mor da região, Dom Rodrigo de Menezes. Em suas estradas ocorreram disputas por causa da posse das terras mineiras, as chamadas Guerra dos Emboabas. O distrito produz frutas durante todo o ano e os doces caseiros são de boa qualidade.

Glaura, surgiu por volta do séc. XVIII, no auge da exploração do ouro. Era refúgio dos grandes senhores que tinham o antigo arraial como ponto de divisão entre Vila Rica e São João Del Rei.

Em volta da igreja a grama verde empresta um ar bucólico ao lugar, tão típico das pequenas cidades do interior mineiro. Sobre o gramado verde se ergue, majestosa e imponente, a Matriz de Santo Antônio, com sua fachada rica em detalhes e cunhais de cantaria. A igreja é uma lembrança persistente dos tempos áureos do século XVIII em que Casa Branca era um próspero povoado produtor de ouro.

Lendas dizem que o primeiro nome do arraial foi Santo Antônio das Garças Brancas devido ao fato de que por ocasião de uma festa de Santo Antônio apareceram duas garças brancas que ficaram voando por sobre a antiga capela. Porém, este é apenas mais um dos causos mineiros, uma vez que não se encontraram registros da época que comprovam este acontecimento.

Às margens do Rio das Velhas estabeleceram-se desde o alvorecer do século XVIII muitos mineradores vindos de todos recantos. Entre estes, um se destacou no qual seu nome foi dado como primeiro topônimo do arraial florescente que se chamou de Santo Antônio das Minas de Baltazar de Godoy. Baltazar de Godoy possuía uma ermida com três altares barrocos e uma imagem de Santo Antônio. Quando em meados do século XVIII deu-se início a construção da Igreja Matriz estes altares foram inseridos no interior da igreja, como estão até hoje, preservados na nave.

O nome Santo Antônio da Casa Branca deveu-se, provavelmente, à coloração das casas que em geral vigorava nas minas, casas caiadas, casas alvas, casas brancas. A principal construção do povoado continua sendo, contudo, a Igreja de Santo Antônio, que é uma das mais graciosas igrejas de Minas, uma obra de arte talhada nas montanhas. O início das obras se deu em 1757 e o fim provável foi em 1764, data existente sobre a cruz entalhada em pedra situada entre as duas torres. Foram arrematantes da obra José Coelho de Noronha, Antônio Moreira Gomes e Tiago Moreira, conhecidos empreiteiros da época. A Igreja de Santo Antônio foi construída originalmente para ser Matriz.

Em 1943 o poder público mudou o velho e histórico nome do povoado para Glaura. Há pessoas que acreditam que este nome fora dado em homenagem a uma famosa obra literária do escritor Manuel Inácio da Silva Alvarenga, nascido em Ouro Preto em 1749, em que o pseudônimo de sua musa inspiradora era Glaura. Acredita-se ainda que tal musa morara em um sobrado que era situado à Rua das Flores e foi consumido pelo pelo tempo e pelo descaso de nossos antepassados para com a nossa história. Alguns historiadores especulam que Silva Alvarenga tenha nascido ou morado aqui, por isso a homenagem com o nome de sua musa. Este fato, no entanto, não é comprovado historicamente. O certo é que a população ainda conserva o nome primitivo, chamando a todo momento o distrito de Casa Branca, uma pequena joia das Minas Gerais.
Cidades vizinhas:
Coordenadas:   20°17'1"S   43°39'38"W
Este artigo foi modificado pela última vez 12 anos atrás