Berlenga Grande

 ilha, lugar interessante, patrimônio mundial pela Unesco

A Berlenga Grande (ou Ilha da Berlenga) é o maior ilhéu do arquipélago das Berlengas.
Tem cerca de 78 hectares e é a única habitável pelo homem, que a visita há cerca de três mil anos: greco-romanos (chamavam-lhe "Ilha de Sonho", "Ilha de Saturno"), vikings, mouros e corsários franceses e ingleses.
Em 1513, os monges da Ordem de São Jerónimo fundaram aqui o Mosteiro da Misericórdia. Doenças, condições inóspitas, isolamento e corsários, decretaram o abandono. Só restam alguns muros e pedras soltas onde se construiu um restaurante na década de 1950, hoje conhecido por "Mar e Sol".
Cerca de um século após a saída dos monges, a restaurada Coroa portuguesa planeou o Forte de São João Baptista das Berlengas (1651), para defesa do litoral de Peniche. Foi abandonado em meados do século XIX. Nesse período estava em construção o Farol "Duque de Bragança", no cume da ilha.
Tem uma praia de banho de 40 metros de areal virado a Nascente (as restantes não têm areia e são legalmente inacessíveis: Praia da Fortaleza, e Praia dos Cações, virada a Poente).
A forma da ilha aponta duas partes, quase totalmente separadas por uma falha sísmica: a norte deu origem ao chamado "Carreiro dos Cações" e a sul ao "Carreiro do Mosteiro" (onde se aporta na ilha). A parte maior (2/3) chama-se Berlenga e outra "Ilha Velha".
A Reserva Natural da Berlenga é considerada Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO desde 30 de Junho de 2011.
Para preservação das condições ambientais, o arquipélago é de acesso e trânsito condicionados, com zonas restritas e número máximo de visitantes diários. É possível visitar e pernoitar nos alojamentos autorizados: Fortaleza, restaurante e parque de campismo.
Nos meses de Verão, há carreiras regulares do barco "Cabo Avelar Pessoa" entre Peniche e o Carreiro do Mosteiro (porto da ilha).